Brasil

'Eu sou uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica', diz Lula

Lula voltou a prometer acabar com a fome do País e fazer o reajuste real do salário mínimo - ou seja, acima da inflação - embora tenha reconhecido que neste ano "será difícil"

Lula: presidente relatou mais trechos de sua conversa com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Lula: presidente relatou mais trechos de sua conversa com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 14h31.

Ainda sob a desconfiança do mercado em relação à responsabilidade fiscal do novo governo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira, 31, ser uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica.

"Eu sou uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica. Eu quero seriedade fiscal, mas eu quero seriedade política, quero seriedade social. Porque é verdade que temos muitas dívidas para pagar, mas a dívida impagável há cinco séculos é a dívida social com o povo brasileiro", declarou o presidente da República no Palácio do Planalto.

Lula voltou a prometer acabar com a fome do País e fazer o reajuste real do salário mínimo - ou seja, acima da inflação - embora tenha reconhecido que neste ano "será difícil".

'É possível criar uma economia verde no País sem poluição na Amazônia'

Lula relatou nesta terça-feira, 31, mais trechos de sua conversa com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, com quem se reuniu na véspera no Palácio do Planalto. "Eu disse textualmente à Alemanha que nunca iremos transformar Amazônia em santuário da humanidade", contou o petista, que reiterou sua disposição em fomentar a pesquisa na floresta "por quem entende". Lula participa, no Palácio do Planalto, de solenidade para marcar a criação do Conselho de Participação Social,

Lula reafirmou que é possível criar uma economia verde no País, sem poluição na Amazônia e com olhos para a questão climática, que estaria "na nossa cara todo dia". "Que possamos cobrar dos países ricos o tal do crédito de carbono", afirmou o presidente. "Vamos ter economia baseada efetivamente na construção de alternativas energéticas limpas", acrescentou.

Violência contra a mulher

O combate à violência contra a mulher foi outro ponto do discurso de Lula, que pediu penas severas para homens agressores e sinalizou a disposição de que, até o final do seu mandato, os índices de feminicídio e agressão caiam ao menor índice da história.

Ao longo do pronunciamento no Palácio do Planalto, Lula destacou que o governo está no início, e com alguns ministérios ainda incompletos. É o caso do Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sônia Guajajara. "Quase todos os ministérios estão com problemas para cumprir a meta que se propuseram a cumprir", afirmou o petista, em nova reclamação sobre as restrições orçamentárias.

Lula reiterou ainda que já assinou o decreto para tirar definitivamente os garimpeiros das terras ianomâmis e repetiu que voltou à Presidência "sem qualquer espírito de vingança".

Estabilidade econômica

Ainda sob a desconfiança do mercado em relação à responsabilidade fiscal do novo governo, Lula afirmou ser uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica. "Eu sou uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica. Eu quero seriedade fiscal, mas eu quero seriedade política, quero seriedade social. Porque é verdade que temos muitas dívidas para pagar, mas a dívida impagável há cinco séculos é a dívida social com o povo brasileiro", declarou o petista no Palácio do Planalto. Lula voltou a prometer acabar com a fome do País e fazer o reajuste real do salário mínimo - ou seja, acima da inflação - embora tenha reconhecido que neste ano "será difícil".

Acompanhe tudo sobre:Governo LulaLuiz Inácio Lula da SilvaOlaf Scholz

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais