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Estudantes da UnB invadem sede do FNDE para exigir mais recursos

A Polícia Militar cercou o prédio. Neste momento, a direção do FNDE tenta encaminhar uma pauta única aos estudantes, mas ainda não há entendimento

UnB: com um corte de 45% determinado pelo governo no orçamento deste ano, a estimativa é de que o rombo nas contas da universidade supere os R$ 92 milhões (Paulo Castro/UnB Agência/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de abril de 2018 às 16h54.

Brasília - Estudantes, alguns deles mascarados, invadiram o prédio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), em Brasília , depois de dispersarem da manifestação em frente ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) onde protestavam contra o corte orçamentário imposto à Universidade de Brasília . Ficaram concentrados no auditório, no subsolo do prédio, e estão sendo recebidos por Rogério Lot, chefe de gabinete e presidente interino do órgão.

A Polícia Militar cercou o prédio. Neste momento, a direção do FNDE tenta encaminhar uma pauta única aos estudantes, mas ainda não há entendimento sobre isso.

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A Polícia declarou que alguns manifestantes chegaram a danificar bens em alguns andares do prédio da FNDE. No confronto ocorrido em frente ao MEC, quatro manifestantes foram detidos pela PM por crime federal contra o patrimônio público.

As dificuldades enfrentadas pela Universidade de Brasília estão descritas no relatório de gestão preparado pela instituição e apresentado no início deste mês. Com um corte de 45% determinado pelo governo no orçamento deste ano, a estimativa é de que o rombo nas contas supere os R$ 92 milhões.

Diante desse quadro, uma das alternativas cogitadas para tentar equilibrar o orçamento é reduzir os contratos com empresas terceirizadas, finalizar estágios e até mesmo subsídios, como o oferecido para estudantes que frequentam o restaurante universitário. Com isso, a refeição dos estudantes praticamente triplicaria.

Este é o segundo ano em que o orçamento destinado à UnB pela União é menor do que o esperado. Em 2016, o investimento para custeio foi de R$ 216, 5 milhões. Ano passado, foi de R$ 136,6 milhões. Para este ano, foram reservados R$ 137,2 milhões.

Depois da cerimônia de posse de novos ministros no Palácio do Planalto, o novo ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, disse que "aceita negociar, mas sem agressividade".

"Estamos abertos ao diálogo, desde que seja diálogo, não agressividade. A reitora (da UnB) não me procurou, nem ao ministro Mendonça", afirmou Silva, que assumiu a pasta no lugar de Mendonça Filho (DEM). Segundo o novo ministro, não houve redução de recursos para a UnB.

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