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Estiagem na capital paulista já é a segunda mais longa

O atual período de estiagem, no entanto, não deve ultrapassar o recorde de 1985, quando se somaram 78 dias de seca


	Visão aérea do Centro de São Paulo: as temperaturas também estão elevadas para a estação
 (Ana Paula Hirama/ Wikimedia Commons)

Visão aérea do Centro de São Paulo: as temperaturas também estão elevadas para a estação (Ana Paula Hirama/ Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 18h00.

São Paulo - A capital paulista deve completar hoje (17) 62 dias sem chuva, mas já tem a segunda mais longa estiagem da história desde ontem, quando a cidade atingiu marca idêntica à registrada em 1964 (61 dias sem chuvas). Se concretizadas as previsões, este será, isoladamente, o segundo inverno mais seco da cidade de São Paulo desde que as estatísticas começaram a ser feitas, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão da Prefeitura de São Paulo.

O atual período de estiagem, no entanto, não deve ultrapassar o recorde de 1985, quando se somaram 78 dias de seca, porque uma frente fria vinda do Sul deve provocar chuvas expressivas na capital paulista na próxima quinta-feira (20), segundo Michel Pantera, meteorologista do CGE. Ele informa que, durante todo o mês de setembro, houve precipitação de apenas 0,3 milímetro (mm) por metro quadrado na cidade, em forma de garoas finas.

Para que seja considerada como chuva, é necessário que a precipitação chegue a 1 mm. Este valor é bem abaixo a média para o mês de setembro, que é de 78 mm. “Ainda não há como prever, com certeza, se a média será atingida. Mas, a menos que aconteça alguma grande reviravolta, a perspectiva é de que fique bem abaixo”, explicou à Agência Brasil o meteorologista Michel Pantera.

A principal consequência da estiagem é a queda da umidade do ar. De acordo com o CGE, nesta segunda-feira, por volta de 11h a umidade na cidade de São Paulo estava em torno 45%. A previsão para o período da tarde é de que se repita o quadro, que tem sido frequente no último mês, de umidade abaixo dos 30%, situação que já é considerada pela Defesa Civil como estado de atenção. O padrão ideal da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que a umidade relativa do ar seja de 60%.

As temperaturas também estão elevadas para a estação. Na tarde de ontem (16), a capital paulista registrou 33,1 graus Celsius (ºC), o segundo dia mais quente do inverno de 2012, perdendo apenas para o dia 9 de setembro, quando os termômetros marcaram 33,3 ºC. Se considerada a série história, este domingo apresentou a décima maior temperatura para um inverno desde 1943. O CGE prevê que a máxima chegue aos 34ºC na tarde de hoje, superando a marca mais alta da estação em 2012.

Nas demais regiões do estado de São Paulo, monitoradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é que o tempo seco seja quebrado por chuvas isoladas que podem cair nas próximas horas. Na manhã de hoje, as cidades de Ibitinga, na região central, e Barretos, no norte, apresentavam umidade relativa do ar de 24%, índice mais baixo de todo o estado, segundo o Inmet. Apenas o litoral e Vale do Ribeira apresentam umidade considerada adequada, acima de 65%.

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