Brasil

"Estamos ao lado do povo venezuelano", diz Temer na ONU

Ao inaugurar a Assembleia Geral, o presidente frisou que "na América do Sul, já não há mais espaço para alternativas à democracia"

Michel Temer: o presidente também enalteceu as reformas encaminhadas no Brasil (Eduardo Munoz/Reuters)

Michel Temer: o presidente também enalteceu as reformas encaminhadas no Brasil (Eduardo Munoz/Reuters)

A

AFP

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 11h49.

O Brasil está com o povo da Venezuela, onde não há lugar para alternativas à democracia, afirmou nesta terça-feira o presidente Michel Temer, ao inaugurar a Assembleia Geral das Nações Unidas.

"A situação dos direitos humanos na Venezuela continua a deteriorar-se", afirmou Temer, o primeiro presidente a se pronunciar, como é tradição no maior encontro diplomático do planeta.

"Estamos ao lado do povo venezuelano, a que nos ligam vínculos fraternais. Na América do Sul, já não há mais espaço para alternativas à democracia. É o que afirmamos no Mercosul, é o que seguiremos defendendo", afirmou o chefe de Estado brasileiro.

Temer discutiu a grave crise venezuelana em um jantar na noite de segunda com o presidente Donald Trump e seus colegas do Panamá e Colômbia, assim como a vice-presidente argentina.

Diante de seu público mundial no plenário da ONU, Temer defendeu o multilateralismo e sua gestão frente à maior economia latino-americana.

"O novo Brasil que está surgindo das reformas é um país mais aberto ao mundo", garantiu.

"É essa atitude de abertura que trazemos à ONU e que levamos ao Mercosul, ao G20, ao BRICS, ao IBAS e a todos os foros de que participamos. É essa atitude de abertura que adotamos com cada um de nossos parceiros - na nossa região e além dela", disse ainda.

"Com reformas estruturais, estamos superando uma crise econômica sem precedentes. Estamos resgatando o equilíbrio fiscal. E, com ele, a credibilidade da economia. Voltamos a gerar empregos. Recobramos a capacidade do Estado de levar adiante políticas sociais indispensáveis em um país como o nosso", acrescentou.

O desempregoainda afeta quase 13% da população ativa do Brasil, mas o país começa a se recuperar da maior recessão de sua história. A inflação está cedendo, permitindo que o Banco Central continue reduzindo sua taxa básica de juros.

Temer, no entanto, é acusado de liderar uma organização criminosa em seu governo e conta com uma popularidade de apenas 5%.

Acompanhe tudo sobre:DemocraciaMichel TemerONUVenezuela

Mais de Brasil

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Governo de SP usará drones para estimar número de morte de peixes após contaminação de rios

8/1: Dobra número de investigados por atos golpistas que pediram refúgio na Argentina, estima PF

PEC que anistia partidos só deve ser votada em agosto no Senado

Mais na Exame