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Estagnação do Ideb há 4 anos é vergonhosa, diz MEC

O Ideb é um indicador que relaciona o desempenho dos alunos e os dados de fluxo escolar a cada dois anos

MEC: "infelizmente, o Brasil está mal. Não é algo que a gente possa celebrar. Estamos muito distantes da educação de qualidade", admitiu Mendonça Filho (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 13h29.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos alunos brasileiros de Ensino Médio está estagnado há quatro anos, sem qualquer evolução e, desde 2013, abaixo da média estipulada pelo Ministério da Educação ( MEC ).

Neste ano, apenas dois Estados cumpriram a meta: Amazonas e Pernambuco.

O indicador está em 3,7 desde 2011. Em 2014, a meta era 3,9 e, no ano passado, 4,3. "São índices absolutamente vergonhosos para o Brasil", resumiu o ministro Mendonça Filho, durante apresentação dos dados na tarde desta quinta-feira.

Considerados apenas os alunos de Ensino Médio da rede estadual, outros dois estados cumpriram a meta: Goiás e Piauí. De acordo com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), braço do cálculo do Ideb, o desempenho em matemática é o pior em uma década.

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Em relação ao Ensino Fundamental, o índice mais satisfatório foi nos anos iniciais. A meta de 5,2 foi superada - ficou em 5,5 -, mas segundo o MEC, as crianças seguem com deficiências em português e matemática. A maioria das unidades de federação cumpriu a meta, com exceção de Amapá, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, o Ideb não atinge a meta desde 2013. "Um dado absolutamente negativo", destaca o ministro. Em 2013, o objetivo era índice de 4,4 e resultou em 4 2.

No ano passado, ficou em 4,5, quando o ideal seria 4,7. Ao contrário da faixa anterior, a maioria das unidades de federação ficou abaixo do esperado: só se saíram bem os estados de Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso, Ceará e Goiás.

O Ideb é um indicador que relaciona o desempenho dos alunos e os dados de fluxo escolar. A cada dois anos, avalia alunos do Ensino Fundamental da rede pública e do Ensino Médio de escolas públicas e privadas.

"Infelizmente, o Brasil está mal. Não é algo que a gente possa celebrar. Estamos muito distantes da educação de qualidade", admitiu Mendonça Filho, salientando que irá reforçar junto ao Congresso Nacional a aprovação de um projeto de lei que prevê uma reformulação do currículo do Ensino Médio.

O projeto prevê turno integral e disciplinas focadas na área de interesse que o aluno pretende seguir no Ensino Superior. Se não houver aprovação do projeto no Congresso, Mendonça diz que irá apelar ao presidente Michel Temer para a edição de uma Medida Provisória.

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