Acompanhe:

Estados vão recorrer da decisão do STF sobre ICMS único do diesel

Ontem, o ministro André Mendonça acatou liminar do governo federal que pedia a suspensão da alíquota única do ICMS do óleo diesel

Modo escuro

Continua após a publicidade
 (Bloomberg/Getty Images)

(Bloomberg/Getty Images)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2022 às, 16h06.

O Comitê Nacional de Secretários da Fazenda dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz) informou que se reuniu neste sábado para dialogar sobre a liminar concedida ontem (13) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça que acatou ação em que o governo federal pede a suspensão da forma como os Estados aplicaram a alíquota única do ICMS do óleo diesel. A reunião foi virtual e fechada à imprensa.

Em nota, o órgão diz que os secretários estaduais de Fazenda entendem que o debate deve ser aprofundando, envolvendo os procuradores-gerais dos Estados e do Distrito Federal, "de forma a achar a melhor solução, ou seja a que de fato esteja em concordância com as diretrizes constitucionais, respeitando a autonomia dos Estados e contribuindo para o controle dos preços dos combustíveis, o maior anseio da população brasileira".

Uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em março definiu que deveria haver uma alíquota única do ICMS sobre o diesel em todo o Brasil.

Os secretários estaduais de Fazenda, ao regulamentar a medida, fixaram um valor único do ICMS a ser cobrado no preço final do combustível, como manda a lei, mas permitiram descontos, o que na prática possibilitou a cada Estado manter a mesma alíquota que aplicava anteriormente. O valor estabelecido na ocasião foi de R$ 1,006 por litro de óleo diesel S10, o mais usado no País.

"Entendo-o configurado diante da proximidade de vigência do novo modelo, considerando ainda que a complexidade e relevância da questão justifica a urgência para que, a partir de tal decisão, se dê início imediato à construção de uma solução efetiva, perene e consentânea com os parâmetros constitucionais reguladores da matéria", escreveu o ministro na decisão, comemorada por Bolsonaro durante evento em Campos do Jordão (SP) ainda ontem. Bolsonaro disse que teve ajuda do "papai do céu" para que a ação fosse julgada por Mendonça, indicado por ele para o Supremo.

Mendonça deu prazo de cinco dias para que Câmara, Senado e o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) se manifestem sobre o tema. Em seguida, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) terão prazo semelhante.

Segundo a ação apresentada pelo governo ao Supremo, há "persistência da prática de alíquotas assimétricas", o que, argumenta a AGU, "onera significativamente os contribuintes, que já se encontram pesadamente impactados pela variação drástica do preço dos combustíveis na atual conjuntura".

Últimas Notícias

Ver mais
Alckmin pede que Senado aprove rapidamente PL do Combustível do Futuro
Brasil

Alckmin pede que Senado aprove rapidamente PL do Combustível do Futuro

Há um dia

Lira prevê encerrar nesta semana ciclo de projetos prioritários de transição energética
ESG

Lira prevê encerrar nesta semana ciclo de projetos prioritários de transição energética

Há uma semana

Alta do petróleo eleva defasagem da gasolina a 19% nas refinarias da Petrobras, diz Abicom
Economia

Alta do petróleo eleva defasagem da gasolina a 19% nas refinarias da Petrobras, diz Abicom

Há uma semana

Câmara aprova projeto que amplia cotas mínimas de biocombustíveis em gasolina e óleo diesel
Brasil

Câmara aprova projeto que amplia cotas mínimas de biocombustíveis em gasolina e óleo diesel

Há 2 semanas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais