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Estádio do Mogi é interditado por racismo contra Arouca

Este é o segundo caso de racismo que ocorre no futebol brasileiro apenas nesta semana

Arouca: o Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira foi palco, na quinta à noite, de ofensas racistas contra o volante do Santos (RENATO PIZZUTTO/Placar)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 15h34.

São Paulo - A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou no começo da tarde desta sexta-feira a interdição do Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira, pertencente ao Mogi Mirim, na cidade homônima.

O local foi palco, na quinta à noite, de ofensas racistas contra o volante Arouca, do Santos, após a partida em que o time alvinegro goleou os donos da casa por 5 a 2 pela 12.ª rodada do Paulistão.

Para a FPF, "tal forma de agir macula de forma indelével a disciplina desportiva e macula, igualmente, os princípios básicos de civilidade e humanismo".

Por isso, a entidade resolveu recorrer ao CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) para interditar provisoriamente o estádio que leva o nome do pai de Rivaldo, presidente do clube.

A federação se baseia no Artigo 243-G do CBJD, que trata de punir quem "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência". Para o mesmo, a pena é de fechamento do local pelo prazo de 120 a 360 dias, além de multa.

Também nesta sexta, mais cedo, o presidente do Mogi Mirim, Rivaldo, lamentou o caso de racismo, mas defendeu que seu clube não devesse ser punido ao alegar que não pode fazer nada para "controlar a boca dos torcedores". Por meio de sua página em uma rede social, Rivaldo também confirmou que o clube tentará identificar os responsáveis por chamar o atleta santista de "macaco" na saída do gramado, logo após o confronto.

"Eu, como presidente do Mogi Mirim, lamento caso houve algum ato de racismo com o jogador Arouca do Santos, sou contra esta atitude de pessoas que não respeitam o próximo. Somos todos iguais", escreveu Rivaldo, para em seguida prometer: "Nós vamos buscar nos monitores do estádio e em filmagens para ver se houve (racismo) e, caso positivo, punir os mesmos".

Este é o segundo caso de racismo que ocorre no futebol brasileiro apenas nesta semana. No Rio Grande do Sul, o árbitro Márcio Chagas da Silva, que é negro, teve seu carro depredado e bananas foram jogadas em seu veículo depois do jogo entre Esportivo e Veranópolis, realizado quarta-feira à noite, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, pelo Campeonato Gaúcho.

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São Paulo - A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou no começo da tarde desta sexta-feira a interdição do Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira, pertencente ao Mogi Mirim, na cidade homônima.

O local foi palco, na quinta à noite, de ofensas racistas contra o volante Arouca, do Santos, após a partida em que o time alvinegro goleou os donos da casa por 5 a 2 pela 12.ª rodada do Paulistão.

Para a FPF, "tal forma de agir macula de forma indelével a disciplina desportiva e macula, igualmente, os princípios básicos de civilidade e humanismo".

Por isso, a entidade resolveu recorrer ao CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) para interditar provisoriamente o estádio que leva o nome do pai de Rivaldo, presidente do clube.

A federação se baseia no Artigo 243-G do CBJD, que trata de punir quem "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência". Para o mesmo, a pena é de fechamento do local pelo prazo de 120 a 360 dias, além de multa.

Também nesta sexta, mais cedo, o presidente do Mogi Mirim, Rivaldo, lamentou o caso de racismo, mas defendeu que seu clube não devesse ser punido ao alegar que não pode fazer nada para "controlar a boca dos torcedores". Por meio de sua página em uma rede social, Rivaldo também confirmou que o clube tentará identificar os responsáveis por chamar o atleta santista de "macaco" na saída do gramado, logo após o confronto.

"Eu, como presidente do Mogi Mirim, lamento caso houve algum ato de racismo com o jogador Arouca do Santos, sou contra esta atitude de pessoas que não respeitam o próximo. Somos todos iguais", escreveu Rivaldo, para em seguida prometer: "Nós vamos buscar nos monitores do estádio e em filmagens para ver se houve (racismo) e, caso positivo, punir os mesmos".

Este é o segundo caso de racismo que ocorre no futebol brasileiro apenas nesta semana. No Rio Grande do Sul, o árbitro Márcio Chagas da Silva, que é negro, teve seu carro depredado e bananas foram jogadas em seu veículo depois do jogo entre Esportivo e Veranópolis, realizado quarta-feira à noite, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, pelo Campeonato Gaúcho.

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