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Esposa de Pizzolato tenta agredir fotógrafos

Andrea Haas tentou agredir a socos fotógrafos que aguardavam informações sobre o brasileiro diante da delegacia da cidade italiana de Maranello


	Henrique Pizzolato: a mulher do ex-diretor do BB ainda gritava aos policiais, os acusando de terem informado a delegacia para a qual ele teria se entregue
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Henrique Pizzolato: a mulher do ex-diretor do BB ainda gritava aos policiais, os acusando de terem informado a delegacia para a qual ele teria se entregue (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 11h11.

Itália - Andrea Haas, esposa do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, tentou agredir a socos na tarde desta quinta-feira, 12, (horário local) fotógrafos que aguardavam informações sobre o brasileiro diante da delegacia da cidade italiana de Maranello.

Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão, se apresentou à polícia após a Corte italiana autorizar sua extradição ao Brasil.

Andrea chegou ao local e, ao descer do carro, partiu em direção ao fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo, Alexandre Auler.

Mas acabou escorregando no gelo e, quando conseguiu ficar de pé, partiu em direção a outro profissional, o fotógrafo italiano contratado pelo jornal Folha de S. Paulo, Alessandro Fiochi.

A esposa tentou dar socos e o fotógrafo caminhou para a rua, obrigando os carros a desviarem. Ela ainda gritava aos policiais, os acusando de terem informado a delegacia para a qual ele teria se entregue. "Porque vocês fizeram isso?", gritava.

Não é a primeira vez que Andrea reage contra a imprensa. No ano passado, depois de uma visita a Pizzolato na cadeia, ela acusou os jornalistas que esperavam ao lado de fora de serem "os responsáveis" pelas prisões e condenações no caso do mensalão.

Com o posicionamento anunciado nesta quinta, a Corte de Cassação em Roma reverteu a decisão de primeira instância de rejeitar o envio do ex-diretor de volta ao País e aceitou as garantias dadas pelo governo brasileiro de que a integridade física de Pizzolato será assegurada.

Caberá ao ministro da Justiça do governo de Mateo Renzi uma decisão final sobre o caso. Fontes na Itália admitem que, a partir de agora, pode pesar o atrito entre Brasil e Roma no que se refere à decisão do ex-ministro da Justiça Tarso Genro de não extraditar Cesare Battisti, condenado na Itália por assassinato.

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