Desfile da escola de samba Águia de Ouro no Sambódromo, em São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 16 de novembro de 2020 às 22h09.
Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 16h52.
Em nova rodada de debates sobre o carnaval 2021, as escolas de samba do Grupo Especial concordaram com a proposta de transferir o os desfiles para a primeira quinzena de julho. Segundo o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, o martelo ainda não foi batido e depende da disponibilização de uma vacina contra a Covid-19. Mas as agremiações já podem começar a se preparar.
— A ideia é ter um desfile competitivo no mês de julho. Confirmamos a possibilidade de as escolas buscarem patrocínio e começarem a se preparar e todas elas estão dispostas — afirmou Castanheira.
Ainda de acordo com o presidente da Liesa, a questão sanitária ainda é uma prioridade e especialistas estão participando da tomada de decisão sobre a nova data.
— Estamos ouvindo a Fiocruz, a UFRJ e trabalhando com base nas informações que estamos obtendo. A intenção é nos anteciparmos e pensarmos desde agora na possibilidade de realizar o desfile, mas tendo a vacina e um calendário de imunização — garante.
Na última plenária da Liesa, na semana passada, a entidade e os presidentes das escolas já haviam sinalizado postivamente à realização do carnaval entre maio e julho, dependendo da possibilidade de haver a vacina. Na ocasião, em convesa com o GLOBO, Jorge Castanheira comentou que a data do evento no Sambódromo, contudo, não interferiria no projeto de lives para escolhas dos sambas-enredo, nos meses de janeiro e fevereiro.
— São coisas independentes. O projeto das lives está encaminhando, mas necessita de liberação de verba pela Lei Aldir Blanc. Será R$ 120 mil para cada escola. Mesmo se em 2021 tivermos um formato diferente de desfile, os sambas-enredo escolhidos podem ficar para 2022 — explicou o presidente da Liga.