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Escola de elite de SP suspende aulas após confirmar coronavírus em aluno

Estudante visitou os EUA e foi diagnosticado com o coronavírus; aulas não tem previsão de voltar

Pessoas usam máscara em terminal de aeroporto no Rio de Janeiro: país já tem 14 casos confirmados (Ricardo Moraes/Reuters)

Pessoas usam máscara em terminal de aeroporto no Rio de Janeiro: país já tem 14 casos confirmados (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de março de 2020 às 11h22.

Última atualização em 7 de março de 2020 às 11h23.

São Paulo  — A escola Avenues São Paulo decidiu fechar nesta sexta-feira, 6, sua unidade na capital paulista após um estudante do 7.º ano da instituição ter recebido a confirmação de diagnóstico do novo coronavírus.

A direção informou que ainda está analisando por quanto tempo se estenderá a medida e deverá oferecer aulas a distância para os alunos. A Avenues está entre as escolas que tinham recomendado quarentena aos alunos.

Em comunicado aos pais dos estudantes, o colégio disse que o paciente viajou para o Colorado (EUA) durante o carnaval. Nesta quinta-feira, 5, quase uma semana após seu retorno, ele se sentiu mal e buscou atendimento médico.

"Acabamos de saber sobre esse resultado. O aluno está se recuperando em casa, e espero que todos se juntem a nós no desejo de uma recuperação rápida para o aluno e sua família", lê-se na nota assinada pelo diretor Andy Williams.

As atividades previstas para este fim de semana já não ocorrerão. O colégio disse que entrará em contato com as autoridades de saúde para discutir as recomendações sobre o protocolo de fechamento da escola. "Caso seu filho ou demais familiares tenham qualquer sintoma, entre em contato com o seu médico imediatamente", orienta o comunicado.

A Avenues disse estar se preparando "há algum tempo" para a possibilidade de o novo coronavírus afetar o local. Cenários de fechamento foram preparados, apontou a escola, a partir da experiência da unidade de Shenzen, na China, que está fechada há semanas. O país asiático é o epicentro do surto do novo coronavírus, doença que afetou completamente a rotina das cidades.

"Esta é uma situação que está sendo monitorada de maneira constante, e para a qual estamos nos preparando desde janeiro. Nossa principal preocupação é preservar a saúde e o bem-estar da nossa comunidade e reduzir o risco de exposição e a propagação do vírus", disse em nota a diretora global de comunicações, Tara Powers.

Segundo ela, a duração do fechamento será determinada durante o final de semana, "depois de consultarmos autoridades sanitárias e especialistas em saúde". "Por enquanto, encorajamos os membros da nossa comunidade a limitar o contato com outras pessoas e procurar atendimento médico caso apresentem sintomas." Todas as áreas da escola passarão por uma "desinfecção abrangente". "Esperamos voltar à rotina normal e receber os estudantes de volta ao câmpus assim que essa seja a decisão mais prudente", acrescentou Tara.

Escola recomendou quarentena

Preocupados com o surto de coronavírus em outros países, colégios particulares de São Paulo enviaram comunicados aos pais e alunos recomendando quarentena em casos de famílias que voltaram de países atingidos pela doença. O pedido vai contra o que determina tanto o Ministério da Saúde quanto as secretarias estaduais.

A Avenues pediu que as famílias que estiveram em países atingidos pelo coronavírus ficassem em quarentena por 14 dias após retornar de viagem. A lista, no início da semana, incluía 16 países, entre eles Alemanha, França e Itália. O comunicado dizia que a medida podia causar incoveniente para algumas famílias. Mas ressaltava que "é importante agir com cautela para reduzir o risco à nossa comunidade".

Colégio Bandeirantes também tem caso

Nesta semana, outra escola tradicional de São Paulo, o Colégio Bandeirantes, também confirmou como uma adolescente de 13 anos teve diagnóstico da doença.

China, Itália e Coreia do Sul já adotaram medidas de fechamento de escolas e universidades para conter a transmissão do vírus. No total, quase 300 milhões de crianças e adolescentes têm perdido aulas por causa da nova epidemia.

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