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Engenheiro do Metrô quer arquivar investigação da CGA

Engenheiro afirma que não teve ganho de 882,33% na aquisição de ações, em 2010 - para documento da CGA, porcentual a ser esclarecido ante valorização acionária

Metrô: documento da CGA não imputou crimes, mas apontou acréscimos patrimoniais não esclarecidos, discrepâncias na lista de bens e omissão de informações em depoimentos (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 16h02.

São Paulo (AE) - O engenheiro Ivan Generoso, funcionário do Metrô há 36 anos, pediu arquivamento da investigação da Corregedoria-Geral da Administração (CGA) que, em relatório preliminar datado de 8 de janeiro, sugeriu seu afastamento por suspeita na evolução patrimonial.

Generoso afirma que não obteve ganho de 882,33% na aquisição de ações, em 2010 - segundo o documento da CGA, "porcentual a ser esclarecido ante a valorização acionária". O ganho, afirma o engenheiro, foi de 0.058%.

A CGA é vinculada à Casa Civil do governo paulista e investiga a conduta de agentes públicos supostamente envolvidos com o cartel metroferroviário que teria operado no sistema de transporte de massa do governo de São Paulo, de 1998 a 2008 - gestões Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.

O relatório não é conclusivo e contém avaliação preliminar sobre 15 alvos, executivos e ex-dirigentes do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O documento não imputou crimes, mas apontou acréscimos patrimoniais não esclarecidos, discrepâncias na lista de bens e omissão de informações em depoimentos.

Generoso é um citados. Em petição subscrita por sua advogada, Ilana Müller, o engenheiro diz ter sido vítima de "inconsistências, confusão, erros". "O sr. Ivan realizou a venda de ações da Petrobrás e da Vale, adquiridas em 2000 e em 2002 por meio do Fundo Mútuo de Privatização (FMP) FGTS, criado pelo governo federal naquela época e acessível a todos os trabalhadores brasileiros que dispunham de saldo no Fundo de Garantia."

O engenheiro juntou à petição para a CGA um parecer técnico contábil da M/Legate Soluções Empresariais, com análise da evolução patrimonial, conforme as declarações de Imposto de Renda nos anos-calendários de 2008 a 2012.

Sobre a valorização de 882,33% na compra de ações, o parecer entregue à CGA aponta. "Houve confusão sobre o rendimento de R$ 485.671,61 auferido nos FMP-FGTS Vale e Petrobrás com recursos do Fundo de Garantia com a negociação de ações da Petrobrás adquiridas em Bolsa de Valores. O ganho com essas ações foi de apenas 0,058%."

A advogada é taxativa. "Inexistem incongruências nas declarações de rendas apresentadas e na evolução do patrimônio do sr. Ivan. Ao longo de 36 anos, ele jamais se viu envolto em quaisquer irregularidades ou acusações. Sempre desenvolveu, no exercício de sua função, trabalho de alta qualidade, de forma moral, ética e transparente, visando o aprimoramento do Metrô, em respeito aos princípios da moralidade, probidade e legalidade."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo (AE) - O engenheiro Ivan Generoso, funcionário do Metrô há 36 anos, pediu arquivamento da investigação da Corregedoria-Geral da Administração (CGA) que, em relatório preliminar datado de 8 de janeiro, sugeriu seu afastamento por suspeita na evolução patrimonial.

Generoso afirma que não obteve ganho de 882,33% na aquisição de ações, em 2010 - segundo o documento da CGA, "porcentual a ser esclarecido ante a valorização acionária". O ganho, afirma o engenheiro, foi de 0.058%.

A CGA é vinculada à Casa Civil do governo paulista e investiga a conduta de agentes públicos supostamente envolvidos com o cartel metroferroviário que teria operado no sistema de transporte de massa do governo de São Paulo, de 1998 a 2008 - gestões Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.

O relatório não é conclusivo e contém avaliação preliminar sobre 15 alvos, executivos e ex-dirigentes do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O documento não imputou crimes, mas apontou acréscimos patrimoniais não esclarecidos, discrepâncias na lista de bens e omissão de informações em depoimentos.

Generoso é um citados. Em petição subscrita por sua advogada, Ilana Müller, o engenheiro diz ter sido vítima de "inconsistências, confusão, erros". "O sr. Ivan realizou a venda de ações da Petrobrás e da Vale, adquiridas em 2000 e em 2002 por meio do Fundo Mútuo de Privatização (FMP) FGTS, criado pelo governo federal naquela época e acessível a todos os trabalhadores brasileiros que dispunham de saldo no Fundo de Garantia."

O engenheiro juntou à petição para a CGA um parecer técnico contábil da M/Legate Soluções Empresariais, com análise da evolução patrimonial, conforme as declarações de Imposto de Renda nos anos-calendários de 2008 a 2012.

Sobre a valorização de 882,33% na compra de ações, o parecer entregue à CGA aponta. "Houve confusão sobre o rendimento de R$ 485.671,61 auferido nos FMP-FGTS Vale e Petrobrás com recursos do Fundo de Garantia com a negociação de ações da Petrobrás adquiridas em Bolsa de Valores. O ganho com essas ações foi de apenas 0,058%."

A advogada é taxativa. "Inexistem incongruências nas declarações de rendas apresentadas e na evolução do patrimônio do sr. Ivan. Ao longo de 36 anos, ele jamais se viu envolto em quaisquer irregularidades ou acusações. Sempre desenvolveu, no exercício de sua função, trabalho de alta qualidade, de forma moral, ética e transparente, visando o aprimoramento do Metrô, em respeito aos princípios da moralidade, probidade e legalidade."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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