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Energia solar cadastra 10,8 GW em leilão de reserva

Empresa de Pesquisa Energética informou que 1.034 projetos de geração de energia foram cadastrados para o leilão, no total de 26.297 megawatts

Energia solar: maioria dos projetos cadastrados está na Bahia, sendo 236 eólicas e 161 usinas solares (BrightSource Energy)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 12h07.

São Paulo - A energia solar fotovoltaica cadastrou 400 projetos no total de 10.790 megawatts (MW) para participação no leilão de energia de reserva marcado para 31 de outubro, o primeiro em que não competirá com outras fontes e que poderá marcar a entrada definitiva da energia solar na matriz elétrica brasileira. A quantidade de projetos solares cadastrados equivale quase a uma hidrelétrica Belo Monte.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou nesta terça-feira que 1.034 projetos de geração de energia foram cadastrados para o leilão, no total de 26.297 megawatts. Desse volume, a energia eólica cadastrou 626 projetos, no total de 15.356 MW, e as térmicas a biogás e resíduos sólidos urbanos cadastraram 8 empreendimentos, somando 151 MW. Os projetos ainda têm que passar pela fase de habilitação para poderem efetivamente ofertar energia no leilão.

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A maioria dos projetos cadastrados está na Bahia, sendo 236 eólicas e 161 usinas solares nesse Estado.

"O alto número de projetos cadastrados já nos permite antecipar que esse será um leilão bastante competitivo", disse o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, em comunicado.

O leilão de reserva prevê a entrega da energia que será contratada a partir de 2017.

O Brasil tem a maior reserva de matéria-prima do mundo para a produção de painéis fotovoltaicos, mas tem optado por investir em fontes mais baratas como hidrelétricas. Mais recentemente, porém, o governo federal se voltou para a energia solar, na esteira de uma crise hídrica que baixou represas de várias usinas no país a níveis críticos e a matriz elétrica nacional passou a mostrar limitações.

A expectativa é de que o leilão contrate ao menos 500 megawatts em novos projetos. Mas alguns especialistas do setor apontam que a disputa poderá viabilizar até 1.000 MW, suficiente para atender mais de 4 milhões de residências, considerando um preço-teto de entre 230 e 260 reais por megawatt-hora (MWh).

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