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Enem já compõe vestibular de quase todas as universidades federais

A adesão à prova cresce a cada ano, mas a forma como cada instituição aproveita o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio varia

Outras instituições aderiram ao exame de forma mais tímida. A Universidade de Brasília utiliza o Enem apenas para preencher vagas remanescentes do seu vestibular tradicional (Roosewelt Pinheiro/ABr)
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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 05h34.

Brasília – Quase todas as universidades federais vão utilizar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) para selecionar os alunos que ocuparão as vagas oferecidas para o primeiro semestre de 2012. A adesão à prova cresce a cada ano, mas a forma como cada instituição aproveita o resultado do Enem varia.

Enquanto algumas instituições optaram por extinguir o vestibular e utilizar o exame como única forma de seleção, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), outras reservam apenas parte das vagas para o Enem e mantêm seus processos seletivos próprios. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, destina 5% das vagas para o exame, enquanto a de Viçosa (UFV) reserva 80% para o Enem e 20% para o seu processo de avaliação seriada.

Outro formato adotado é a substituição da primeira fase do vestibular pela prova do Enem, como faz a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde o ano passado. “Um dos nossos objetivos [ao aderir ao Enem] era capilarizar o vestibular e isso de fato aconteceu. Tivemos candidatos de todas as partes do país e isso é muito bom em termos de mobilidade”, avalia a pró-reitora de Graduação da instituição, Antônia Vitória Aranha.

Segundo ela, a universidade não descarta a possibilidade de, no futuro, substituir totalmente o processo seletivo pelo Enem. “Por enquanto, mantemos a segunda fase, mas entendemos que a tendência é que haja um processo unificado no país inteiro. Não diria que essa decisão será daqui a um ou dois anos, a UFMG é uma universidade mais tradicional que zela muito pelo seu processo seletivo. Mas o Enem, sem dúvida, é um avanço”.

Outras instituições aderiram ao exame de forma mais tímida. A Universidade de Brasília (UnB) utiliza o Enem apenas para preencher vagas remanescentes do seu vestibular tradicional. Em outras universidades, uma das possibilidades oferecidas ao candidato é utilizar o resultado do Enem para melhorar a nota do vestibular. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, o participante faz a primeira fase e a nota do Enem pode compor 20% do resultado final.

“A gente ainda não discutiu a possibilidade de o Enem vir a substituir completamente a nossa primeira fase. Isso depende primeiro que haja uma estabilidade que nos permita acompanhar os resultados e compará-los com o da nossa primeira fase. Mas o Enem tem todas as características de uma boa prova”, avalia Maurício Kleinke , coordenador executivo da Comissão de Vestibular da Unicamp.

As universidades públicas que aderem ao Enem como fase única – seja com todas as vagas ou parte delas – participam do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ferramenta criada pelo Ministério da Educação (MEC) para unificar a oferta e os processos de seleção. De posse da nota, o candidato pode se inscrever em diferentes instituições, avaliando qual é a sua chance de ser aprovado a partir das notas de corte divulgadas. O total de vagas que serão oferecidas no Sisu para o primeiro semestre de 2012 só será divulgado em janeiro, quando o sistema deve entrar no ar. No primeiro semestre de 2010, 83 instituições participaram do sistema, com 83 mil vagas disponíveis.

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Brasília – Quase todas as universidades federais vão utilizar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) para selecionar os alunos que ocuparão as vagas oferecidas para o primeiro semestre de 2012. A adesão à prova cresce a cada ano, mas a forma como cada instituição aproveita o resultado do Enem varia.

Enquanto algumas instituições optaram por extinguir o vestibular e utilizar o exame como única forma de seleção, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), outras reservam apenas parte das vagas para o Enem e mantêm seus processos seletivos próprios. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, destina 5% das vagas para o exame, enquanto a de Viçosa (UFV) reserva 80% para o Enem e 20% para o seu processo de avaliação seriada.

Outro formato adotado é a substituição da primeira fase do vestibular pela prova do Enem, como faz a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde o ano passado. “Um dos nossos objetivos [ao aderir ao Enem] era capilarizar o vestibular e isso de fato aconteceu. Tivemos candidatos de todas as partes do país e isso é muito bom em termos de mobilidade”, avalia a pró-reitora de Graduação da instituição, Antônia Vitória Aranha.

Segundo ela, a universidade não descarta a possibilidade de, no futuro, substituir totalmente o processo seletivo pelo Enem. “Por enquanto, mantemos a segunda fase, mas entendemos que a tendência é que haja um processo unificado no país inteiro. Não diria que essa decisão será daqui a um ou dois anos, a UFMG é uma universidade mais tradicional que zela muito pelo seu processo seletivo. Mas o Enem, sem dúvida, é um avanço”.

Outras instituições aderiram ao exame de forma mais tímida. A Universidade de Brasília (UnB) utiliza o Enem apenas para preencher vagas remanescentes do seu vestibular tradicional. Em outras universidades, uma das possibilidades oferecidas ao candidato é utilizar o resultado do Enem para melhorar a nota do vestibular. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, o participante faz a primeira fase e a nota do Enem pode compor 20% do resultado final.

“A gente ainda não discutiu a possibilidade de o Enem vir a substituir completamente a nossa primeira fase. Isso depende primeiro que haja uma estabilidade que nos permita acompanhar os resultados e compará-los com o da nossa primeira fase. Mas o Enem tem todas as características de uma boa prova”, avalia Maurício Kleinke , coordenador executivo da Comissão de Vestibular da Unicamp.

As universidades públicas que aderem ao Enem como fase única – seja com todas as vagas ou parte delas – participam do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ferramenta criada pelo Ministério da Educação (MEC) para unificar a oferta e os processos de seleção. De posse da nota, o candidato pode se inscrever em diferentes instituições, avaliando qual é a sua chance de ser aprovado a partir das notas de corte divulgadas. O total de vagas que serão oferecidas no Sisu para o primeiro semestre de 2012 só será divulgado em janeiro, quando o sistema deve entrar no ar. No primeiro semestre de 2010, 83 instituições participaram do sistema, com 83 mil vagas disponíveis.

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