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Empresas desistem de comprar concessão de exploração do Maracanã

A Odebrecht detém 95% de participação no consórcio e está sendo investigada na Operação Lava Jato, fator que contribuiu para a desistência

Maracanã: Em 2013, o Consórcio Maracanã S/A ganhou licitação do governo do estado para explorar comercial e administrativamente da arena por 35 anos (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014/Divulgação)
AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de março de 2017 às 19h39.

Em nota conjunta divulgada hoje (23), o grupo francês GL Events e a empresa britânica CSM (Chime Sports Marketing) comunicaram a desistência de comprar a concessão de exploração do Complexo Maracanã da Construtora Odebrecht.

A Construtora Odebrecht, que detém 95% de participação no consórcio, está sendo investigada na Operação Lava Jato, o que contribuiu para a desistência das empresas estrangeiras.

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"A GL Events e a CSM informam que, por conta de não terem sido apresentadas garantias adequadas de segurança jurídica e contratual, deram por encerradas as negociações de compra do controle acionário da Concessionária Complexo Maracanã Entretenimento S/A".

As empresas destacaram, entretanto, que continuam interessadas em participar de concorrência pela gestão do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, se o governo fluminense tomar a decisão de "promover uma licitação que proporcione a indispensável segurança jurídica e financeira aos investidores".

O estádio foi inaugurado em 1952, no bairro do Maracanã, zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

Em 2013, o Consórcio Maracanã S/A, integrado pelas empresas Odebrecht, IMX e AEG, ganhou licitação do governo do estado para explorar comercial e administrativamente da arena por 35 anos.

Em março do ano passado, o consórcio cedeu o estádio ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

No momento da devolução, entretanto, o consórcio não aceitou o estádio de volta alegando que o equipamento não estava nas mesmas condições em que foi cedido.

Com isso, o Consórcio Maracanã S/A não quis mais administrar o estádio, que chegou a 2017 em situação de abandono e já teve equipamentos e peças roubados do local.

A empresa francesa Lagardère passa a ser a única a querer comprar a concessão de exploração do Maracanã.

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