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Empresas defendem adiamento do leilão do trem-bala

Empresas pedem mais tempo para preparar os projetos que concorrerão à licitação da obra

O trem-bala cortará 17 municípios (Wikimedia Commons)

O trem-bala cortará 17 municípios (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 20h48.

São Paulo - As empresas detentoras de tecnologia para fabricação do Trem de Alta Velocidade (TAV) continuam o pleiteando o adiamento do leilão, previsto para 11 de abril. A espanhola Talgo, por exemplo, reiterou a posição já divulgada pela empresa, de que tem interesse em participar do processo de licitação, mas isso está condicionado ao adiamento. "Precisamos de tempo para formar um grupo (para concorrer). É o maior projeto de alta velocidade do mundo", ressaltou João Constantino Meireles, diretor do departamento de Desenvolvimento de Mercado da Talgo. O executivo lembrou que, no caso da linha Madri-Barcelona, o prazo final para a entrega da obra teve atraso de cerca de quatro anos.

"O adiamento é interessante para todo mundo", corroborou Marco Missawa, chefe do departamento de Equipamentos Ferroviários da Siemens. Ele justificou que, em um projeto dessa monta, ter mais prazo é um beneficio para todo o processo. O executivo ressaltou o interesse da empresa em participar do TAV brasileiro. "Temos experiência de várias décadas em trens de alta velocidade. E o Brasil é um país foco para a Siemens", afirmou. Missawa acrescentou que também há interesse do governo alemão em participar do projeto.

A espanhola CAF também tem interesse no projeto, mas a empresa é mais flexível em relação ao adiamento. "Não chegamos a uma definição se é melhor ou pior (adiar). A gente tem que aprovar o governo em qualquer decisão", ponderou Ricardo Sanchez, diretor comercial da CAF no Brasil.

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