O setor de veículos automotores é um dos mais otimistas do país (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 12h08.
Brasília - A pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgada hoje (17) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o setor está menos confiante em 2011. O levantamento indica que o otimismo caiu 6 pontos em fevereiro deste ano ante o mesmo período do ano passado, passando de 67,8 para 61,8 pontos. Os dados foram coletados entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro.
Para a CNI, “a queda no otimismo é resultado do resfriamento da atividade econômica nos últimos meses”. Mesmo assim, os empresários continuam confiantes, pois o indicador, que pode variar de 0 a 100 pontos, ficou em 61,8. Acima de 50 pontos, o Icei indica que os empresários estão confiantes. O índice também está 2,1 pontos acima da média histórica, que é de 59,7 pontos, informou a CNI.
A mudança no otimismo dos empresários foi observada na pesquisa em todos os portes de empresas, nessa mesma base de comparação. Entre as de pequeno porte, o indicador caiu de 66,1 para 61,1 pontos. Nas médias empresas, diminuiu de 66,6 para 59,9 pontos e, entre as grandes, de 69,9 para 63,7 pontos.
Por região, os empresários do Sul foram o que apresentaram a maior mudança no otimismo, com queda de 7,3 pontos – de 67,2 pontos, em fevereiro de 2010, para 59,9 pontos, em igual mês deste ano. Já no Centro-Oeste, a redução foi menor e o índice recuou de 69,3 para 65,9 pontos, uma queda de 3,4 pontos.
Na análise por ramos industriais, o otimismo cresceu mais nos setores outros equipamentos de transporte; indústrias diversas; limpeza e perfumaria, e veículos automotores. As maiores quedas foram nos setores de máquinas e equipamentos; plástico; edição e impressão; metalurgia básica; e máquinas e materiais elétricos.
Para os próximos seis meses, o índice de expectativa dos empresários passou de 65,4 para 65,5 pontos em fevereiro ante janeiro, mas em comparação com fevereiro de 2010 (71 pontos) caiu 5,5 pontos. Esse item da pesquisa leva em consideração a expectativa dos empresários em relação à economia, que caiu de 67,9 para 61,3 pontos, e em relação à empresa, que diminuiu de 72,6 para 67,7 pontos em fevereiro, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Foram ouvidas 1.839 empresas, das quais 1.028 são pequenas, 561 médias e 250 grandes.