Brasil

Empresário da Bahia diz estranhar acusações contra Argôlo

Empresário de Itabuna disse que aceitou depor no Conselho de Ética da Câmara por ter relações de amizade com o deputado e sua família.


	Deputado Luiz Argôlo é investigado por quebra de decoro parlamentar
 (Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara)

Deputado Luiz Argôlo é investigado por quebra de decoro parlamentar (Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 12h51.

Brasília - Convidado pela defesa do deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), o empresário de Itabuna, no sul da Bahia, Josias Miguel dos Santos negou hoje (2) conhecer o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Ele disse que aceitou depor no Conselho de Ética da Câmara por ter relações de amizade com o deputado e sua família.

“Conhecemos a família e temos certeza de que não havia necessidade de CPI [comissão parlamentar de inquérito]. [Ele] nasceu em berço de ouro e não havia necessidade de corrupção para se enriquecer”, disse ao declarar que a família de Argôlo há anos tem avião, fazenda e gado.

Santos disse que é dono de uma produtora de áudio e vídeo e de propriedade rural na Bahia e se declarou apenas apoiador político do deputado na Bahia. “Me causou estranheza que ele estivesse envolvimento com coisas ilícitas em Brasília”, acrescentou.

O empresário disse que nunca ocupou um cargo no gabinete do parlamentar em Brasília, mas admitiu que, antes de 2010, exerceu algumas funções no gabinete de Argôlo na Bahia, quando o político ocupou uma cadeira de deputado estadual.

Luiz Argôlo é investigado por quebra de decoro parlamentar em função das denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. O advogado de defesa de Argôlo confirmou que o parlamentar vai depor amanhã, às 14h. Pela manhã, o colegiado deve ouvir novamente a ex-contadora do doleiro Alberto Youssef. No último dia 13, Meire Bonfim Poza confirmou ao conselho que o doleiro e o parlamentar eram sócios na empresa Malga Engenharia e mantinham uma relação de amizade.

A ex-contadora contou ainda que Argôlo recebeu dinheiro por mais de uma vez do doleiro e explicou que algumas transações bancárias para envio de dinheiro ao parlamentar foram feitas em nome de pessoas ligadas ao deputado, mas nunca para a conta de Luiz Argôlo.

Denúncias divulgadas pela revista Veja e pelo jornal Folha de S.Paulo mostraram a troca de mensagens entre Argôlo e Youssef tratando de uma transferência de R$ 120 mil para a conta do chefe de gabinete do parlamentar, Vanilton Bezerra, e de doação de gado para Argôlo.

Acompanhe tudo sobre:BahiaCâmara dos DeputadosOperação Lava JatoPolícia FederalPolítica no Brasil

Mais de Brasil

O 'pós-Sabesp', biogás, restauração florestal: os planos da secretaria de meio ambiente para 2025

Câmara pede a Dino o desbloqueio de emendas e nega irregularidades em verbas

Avião da Latam declara emergência e faz pouso forçado em Brasília

Inmet emite alerta de 'perigo' para o Sudeste por conta de chuvas intensas na região