Brasil

Empresário contradiz Perillo sobre compra da casa

Walter Paulo Santiago é uma das testemunhas a serem ouvidas pela CPI do Cachoeira

O governador Perillo vinha informando ter recebido três cheques, que totalizavam R$ 1,4 milhão (Agência Brasil)

O governador Perillo vinha informando ter recebido três cheques, que totalizavam R$ 1,4 milhão (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2012 às 16h29.

São Paulo - O empresário Walter Paulo Santiago, proprietário da Faculdade Padrão, que diz ser o comprador da casa do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), apresentou versão diferente da apresentada pelo governador para a transação da compra. O empresário é uma das testemunhas a serem ouvidas pela CPI do Cachoeira nesta terça-feira, 5.

O governador Perillo vinha informando ter recebido três cheques, que totalizavam R$ 1,4 milhão, pelo negócio. Os cheques pertenceriam a um parente de Carlinhos Cachoeira. A prisão do contraventor, em fevereiro deste ano, ocorreu nesse imóvel.

Em seu depoimento à CPI, no entanto, o empresário disse ter pago o imóvel em dinheiro, em notas de R$ 50 e R$ 100. A transação foi intermediada por Lucio Fiuza, que se apresentou como representante do governador, e Wladimir Garcez, que teria atuado como corretor. "Reafirmo que em momento algum estive em contato com o governador para negociar o imóvel", disse o empresário, acrescentando que não tem o "hábito de trabalhar com cheques". O imóvel está registrado em nome da empresa Mestra, administrada pelo empresário.

O processo de compra começou em fevereiro de 2011, quando manifestou interesse pelo imóvel, mas o pagamento ocorreu em julho desse ano. Segundo ele, a pedido de Wladimir Garcez, a entrega da casa foi adiada e só ocorreu em março deste ano. Garcez é apontado pela Polícia Federal como braço direito de Cachoeira.

Depoimentos - Os membros da CPI do Cachoeira tentarão ouvir nesta sessão também outras duas testemunhas ligadas ao governador de Goiás. Ex-chefe de gabinete do governador Eliane Gonçalvez Pinheiro, também convocada, não compareceu à sessão por motivos de saúde. Restarão então Sejana Martins, proprietária da empresa Mestra Administrações e Participações, e e Écio Antônio Ribeiro, o único sócio remanescente da empresa. A Mestra consta, em cartório, como a proprietária da casa do governador.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesGoiásOposição políticaPartidos políticosPSDB

Mais de Brasil

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”