Roubo: quadrilha usou dois carros clonados com identificação da Polícia Federal (Dado Galdieri/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de julho de 2019 às 16h07.
Uma empresa de gestão de riscos ofereceu uma recompensa de R$ 150 mil a quem fornecer informações que levem à apreensão dos 720 quilos de ouro roubados no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na última quinta-feira (25). Para receber o dinheiro, é preciso que a carga seja recuperada por meio das pistas fornecidas.
"Haverá uma recompensa de R$ 150 mil a quem, do povo, contribuir com informações seguras e efetivas que levem à apreensão do ouro roubado e à autoria do crime investigado", disse o consultor José Gonçalves Neto, que representa a Lowers & Associates International. Ele estava na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), que investiga o roubo.
A Lowers faz a consultoria de gestão de risco para o grupo de empresas resseguradoras, que garantem o pagamento de seguros feito por transportadoras de valores. No caso, o ouro roubado havia sido entregue pela transportadora Brinks a uma empresa de transporte aéreo que atua no terminal de cargas do aeroporto. A carga é avaliada em mais de R$ 100 milhões.
Quem tiver pistas sobre o assalto deve passar as informações à Polícia Civil. Gonçalves Neto diz que os critérios para o pagamento da recompensa ainda devem ser discutidos com a Secretaria de Segurança Pública.
Nenhum suspeito do caso foi identificado até o momento, e ninguém foi preso. A polícia acredita que ao menos dez criminosos participaram da ação, que envolveu ao menos cinco carros de fuga.
Os criminosos fizeram oito reféns em dois locais de cativeiro. Após o roubo, eles trocaram de carro duas vezes na zona leste da capital. Dois carros clonados com identificação da Polícia Federal, usados no assalto, foram abandonados na Avenida Doutor Assis Ribeiro. Outras duas caminhonetes usadas em seguida foram deixadas nos fundos de uma danceteria de forró na Avenida São Miguel.