Brasil

Empresa de Cachoeira pagou imóvel a ex-diretor da Delta

A Polícia Federal e a CPI consideram a Alberto e Pantoja uma empresa de fachada usada pelo esquema comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos

CPI: a PF e a comissão descobriram que a Alberto e Pantoja recebeu mais de R$ 26 milhões nos últimos dois anos da Delta (Agência Brasil)

CPI: a PF e a comissão descobriram que a Alberto e Pantoja recebeu mais de R$ 26 milhões nos últimos dois anos da Delta (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 22h08.

São Paulo - O empresário Fernando da Cunha Magalhães afirmou à CPI do Cachoeira que o depósito de R$ 120 mil da Alberto e Pantoja na conta da Oliveira e Magalhães Materiais de Construção, da qual é um dos sócios-proprietários, serviu para pagar parte de um imóvel vendido por ele para o ex-diretor da Delta Cláudio Abreu. A Polícia Federal e a CPI consideram a Alberto e Pantoja uma empresa de fachada usada pelo esquema comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Em ofício enviado à CPI, Magalhães disse ter vendido um imóvel para Abreu por R$ 200 mil. Anexou a ele documentos de cartório que comprovariam a transação realizada em abril do ano passado. O pedido de informações da comissão havia sido endereçado à mãe do empresário, Aparecida Rodrigues Magalhães, e à empresa. O filho disse que a mãe "jamais manteve qualquer espécie de relação e negócio" com Cachoeira e com a Alberto e Pantoja.

O empresário afirmou que não sabia que o depósito fora realizado pela Alberto e Pantoja nem que o comprador "estava envolvido com uma organização criminosa e que a origem daquele dinheiro poderia ser ilícita, só vindo tomar conhecimento deste escândalo através das notícias amplamente divulgadas pela mídia nacional".

Contudo, a versão difere da apresentada por Geraldo Donizete de Oliveira, outro sócio da Oliveira e Magalhães Materiais de Construção. Ao jornal O Estado de S. Paulo em abril, ele disse que a Delta fez o serviço de coleta de lixo em Catalão, cidade da empresa, e que chegou a fazer negócio com Cláudio Abreu, sem detalhar qual tipo nem o valor da transação.

A PF e a CPI descobriram que a Alberto e Pantoja recebeu mais de R$ 26 milhões nos últimos dois anos da Delta. A suspeita é que os repasses via a empresa de fachada serviram também para abastecer campanhas políticas.

Acompanhe tudo sobre:Carlinhos CachoeiraConstrução civilConstrutora DeltaEmpresasIndústriaPolítica no BrasilPolíticos

Mais de Brasil

Veja como votou cada deputado na proposta do pacote de corte de gastos

TSE forma maioria para rejeitar candidatura de suspeito de envolvimento com milícia

Fim do DPVAT? Entenda o que foi aprovada na Câmara e o que acontece agora

IFI: governo precisa de superávits primários de 2,4% para estabilizar dívida pública