Emocionada, Dilma diz que relatório não é "acerto de contas"
Rousseff disse durante a divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade que o país devia isso à gerações que sofreram as terríveis consequências
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 09h42.
Brasília - Visivelmente emocionada, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, durante a divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que o país devia isso à gerações que sofreram as terríveis consequências da ditadura militar , mas alertou que o relatório não pode servir para revanchismo.
"As novas gerações mereciam a verdade", disse Dilma. "Sobretudo, mereciam a verdade aqueles que perderam familiares, parentes, amigos, companheiros e que continuam sofrendo", continuou a presidente pouco antes de começar a chorar e ser aplaudida pela plateia "Continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre", concluiu Dilma após o choro.
A comissão, que trabalhou 31 meses, analisou documentos, colheu depoimentos de familiares e pessoas que foram perseguidas durante o regime militar --que durou de 1964 a 1985-- e também ouviu militares e agentes de segurança daquela época para tentar reconstruir o período ditatorial e apontar responsabilidades.
"Nós devemos isso às gerações como a minha que sofreram suas terríveis consequências e, sobretudo, devemos isso à maioria da população brasileira que nascida após o regime autoritário não teve acesso à verdade histórica", disse a presidente.
O relatório tem três volumes e será disponibilizado na íntegra na Internet. "A verdade não significa revanchismos, não deve ser motivo para ódio ou acerto de contas", ressaltou Dilma.
Brasília - Visivelmente emocionada, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, durante a divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que o país devia isso à gerações que sofreram as terríveis consequências da ditadura militar , mas alertou que o relatório não pode servir para revanchismo.
"As novas gerações mereciam a verdade", disse Dilma. "Sobretudo, mereciam a verdade aqueles que perderam familiares, parentes, amigos, companheiros e que continuam sofrendo", continuou a presidente pouco antes de começar a chorar e ser aplaudida pela plateia "Continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre", concluiu Dilma após o choro.
A comissão, que trabalhou 31 meses, analisou documentos, colheu depoimentos de familiares e pessoas que foram perseguidas durante o regime militar --que durou de 1964 a 1985-- e também ouviu militares e agentes de segurança daquela época para tentar reconstruir o período ditatorial e apontar responsabilidades.
"Nós devemos isso às gerações como a minha que sofreram suas terríveis consequências e, sobretudo, devemos isso à maioria da população brasileira que nascida após o regime autoritário não teve acesso à verdade histórica", disse a presidente.
O relatório tem três volumes e será disponibilizado na íntegra na Internet. "A verdade não significa revanchismos, não deve ser motivo para ódio ou acerto de contas", ressaltou Dilma.