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ÀS SETE - Presidente Michel Temer bajulou o presidente argentino, Mauricio Macri, pela aprovação da reforma da Previdência na Argentina

Michel Temer chamou de “uma vitória expressiva” a aprovação da reforma da Previdência na Argentina
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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 07h08.

Última atualização em 22 de dezembro de 2017 às 07h19.

A grama do vizinho

O presidente Michel Temer bajulou nesta quinta-feira o presidente argentino, Mauricio Macri, que teve aprovada nesta terça-feira a reforma da Previdência na Argentina. Temer chamou de “uma vitória expressiva” a aprovação da proposta na Câmara dos Deputados do país durante a abertura da reunião de cúpula do Mercosul, em Brasília. “Tenho certeza que vamos seguir o exemplo da Argentina, que teve responsabilidade de realizar uma reforma do sistema previdenciário”, afirmou o presidente. Macri venceu a disputa com 128 votos a favor e 116 contrários. Aqui o governo precisa de 308 dos 513 votos, meta ainda distante para o governo de Temer.

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Sem aventuras

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reiterou que deve decidir se concorrerá a cargo público apenas em março de 2018. Meirelles declarou nesta quinta-feira que o presidente Michel Temer seria um ótimo cabo eleitoral e que fará “a defesa explícita do governo Temer porque é o governo que está tendo coragem de fazer estas reformas e do qual eu faço parte”. O ministro negou ainda que considera a possibilidade de sair como vice em uma chapa de centro. No programa partidário do PSD, na noite de ontem, Meirelles atacou o PT ao dizer que o governo da ex-presidente Dilma Rousseff quebrou o país. Meirelles afirmou que o populismo e os oportunistas fazem mal ao Brasil e que os brasileiros não querem saber de aventuras. “O governo anterior quebrou o país, essa é a grande verdade. O brasileiro não quer mais saber de aventuras”, diz Meirelles.

Aqui, não

Durou pouco o namoro de Jair Bolsonaro com o PSL. O partido rechaçou nesta quinta-feira, em nota, a possibilidade de que o pré-candidato a presidente venha a se filiar à legenda para as eleições de 2018. De acordo com o texto, o presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), teve uma única reunião com Bolsonaro, convocada pelo candidato e sem nenhum compromisso de apoio. “O projeto político de Jair Bolsonaro é absolutamente incompatível com os ideais do LIVRES e o profundo processo de renovação política com o qual o PSL está inteiramente comprometido”, afirma o texto. “Ele representa o autoritarismo e a intolerância tanto na economia quanto nos costumes, sendo a antítese completa de nossas ideias.” O rumor iniciou-se depois de entrevista de Bolsonaro ao jornal Gazeta do Povo, na qual disse que desistiu de se filiar ao PEN por divergências com o presidente do partido, Adilson Barroso, e estaria “90% fechado” com o PSL.

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Aqui, não 2

Em crise no PEN e descartado no PSL, o deputado federal Jair Bolsonaro também não terá espaço no PSC para seu sonho de chegar à Presidência. Em entrevista ao site O Antagonista, Pastor Everaldo, presidente do partido, cravou outro nome como candidato do partido. “Só digo uma coisa: o PSC terá candidatura própria à Presidência da República em 2018 e será Paulo Rabello de Castro [presidente do BNDES]”, disse.

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Embraer com Boeing?

As ações da fabricante de aviões brasileira Embraer decolaram no Ibovespa nesta quinta-feira, com alta de 22,5%, a maior do dia. O que motivou a alta foi uma matéria publicada pelo jornal americano The Wall Street Journal, que diz que a americana Boeing estaria em conversas para adquirir a Embraer. A compra fortaleceria o braço da Boeing no mercado de aviação regional e ajudaria a conter um movimento de aquisições da concorrente francesa Airbus. Segundo o WSJ, a negociação envolveria ainda um prêmio alto para a Embraer. Na bolsa de Nova York, os recibos de ações da Embraer avançaram 21,15%. Segundo apurou a Folha de S. Paulo, o presidente Michel Temer teria dito em reunião que em seu governo “a Embraer jamais será vendida”, depois de saber das notícias veiculadas pelo WSJ.

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Eternit volta ao amianto

A produtora de materiais para cobertura e telhados Eternit anunciou que está retomando as atividades da mineradora Sama e da fabricante de telhas de fibrocimento Precon Goiás. Segundo a Eternit, as operações serão retomadas até que o acórdão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proibindo o uso de amianto na fabricação seja publicado. O STF proibiu no fim de novembro a extração, industrialização e a comercialização de amianto, produto largamente utilizado no país na fabricação de telhas e caixas-d’água. O amianto crisotila é o único do gênero que ainda estava liberado no Brasil, mas é acusado de causar diversas doenças e até ser cancerígeno. O Brasil é o terceiro maior produtor e o segundo maior exportador do material, que já é proibido em mais de 60 países.

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BC: PIB de 1% em 2017

O Banco Central aumentou a projeção para o crescimento da economia neste ano e em 2018. A estimativa para a expansão do PIB foi ajustada de 0,7%, projeção de setembro, para 1%, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira. Para 2018, a estimativa subiu de 2,2% para 2,6%. O BC também reduziu novamente suas expectativas em relação à inflação neste ano, ainda mais abaixo da meta oficial: agora, o banco calcula alta do IPCA em 2,8% em 2017 (antes a previsão era de 2,9%). A previsão de alta da inflação de 4,2% em 2018 foi mantida.

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IPCA-15: 2,94% no ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia do medidor oficial de inflação do país, fechou neste ano com alta acumulada de 2,94%, patamar mais baixo desde 1998, quando foi de 1,66%. A inflação também ficou bem abaixo da registrada no ano passado, 6,58%. As informações são do IBGE. A meta do governo é de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os dados de agora indicam que inflação brasileira encerrará o ano abaixo do piso da meta pela primeira vez desde a implementação do regime de metas.

ONU aprova resolução contra os EUA

A Assembleia-Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira resolução que rejeita o ato dos Estados Unidos de reconhecer a cidade de Jerusalém como capital de Israel. Cento e vinte e oito países votaram pela medida — incluindo Brasil, Alemanha, França e Reino Unido. Trinta e cinco nações se abstiveram, como Canadá, México e Argentina. Apenas nove países votaram contra — Israel, os Estados Unidos e países de menor peso na ONU, como Micronésia, Togo e Palau. Delegações de 21 países não apareceram na votação, um sinal de que a ameaça de Trump de cortar apoio financeiro surtiu efeito. Mas a vitória esmagadora do “sim” mostra que Trump está isolado diplomaticamente. Mahmoud Abbas, presidente da Palestina, comemorou o resultado. Michael Oren, vice-ministro das Relações Exteriores de Israel, afirmou que seu país deveria abandonar a ONU e expulsar a organização de seus escritórios em Jerusalém.

Paraguai assume o Mercosul

O presidente do Paraguai, Horácio Cartes, assumiu a presidência rotativa do Mercosul em reunião da cúpula do bloco, em Brasília. Também participaram do encontro os presidentes Mauricio Macri, da Argentina, Tabaré Vázquez, do Uruguai, e Evo Morales, da Bolívia. Cartes assume o lugar do presidente brasileiro, Michel Temer, que preside o Mercosul desde julho, quando a Venezuela foi suspensa por causa da crise enfrentada pelo governo do presidente Nicolás Maduro. Ao falar sobre a Venezuela, o presidente paraguaio pediu “diálogo”. Cartes também ressaltou que o Mercosul está “mais perto do que nunca” de fechar um acordo com a União Europeia, que é negociado há 14 anos.

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Peru rejeita impeachment de PPK

O Congresso peruano rejeitou o prosseguimento do processo de impeachment do presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, o PPK. Foram 78 votos favoráveis ao impeachment, nove a menos que os 87 necessários. Kuczynski era acusado de receber propina da empreiteira brasileira Odebrecht por meio de empresas das quais era sócio, mas disse que as acusações são “falsas”. Outros dois ex-presidentes peruanos, Ollanta Humala (2011-2016) e Alejando Troledo (2001-2006), também têm seus nomes envolvidos em escândalos com a Odebrecht. Kuczynski comemorou o resultado dançando e pediu união dos peruanos.

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