Arena da Baixada em obras, em Curitiba (PR): estádio é um dos que receberá jogos da Copa do Mundo de 2014 (Governo Federal/Portal da Copa)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2013 às 21h57.
São Paulo - Embargada desde terça-feira, a obra da Arena da Baixada recebeu nesta sexta-feira a inspeção que analisa as condições de trabalho e segurança dos operários envolvidos na reforma do estádio que receberá jogos da Copa do Mundo. Um grupo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Paraná vai avaliar os problemas apontados em relatório e verificar a solução encaminhada pela CAP S/A, sociedade responsável pela reforma do estádio.
A expectativa é que a liberação da Arena ocorra somente na próxima semana. Membros do Grupo Móvel de Condições de Trabalho e Obras de Infraestrutura (GMAI) do MTE deram início à inspeção nesta tarde. De acordo com informações da Justiça do Trabalho do Paraná, de onde partiu a ordem de embargo, a inspeção poderá se estender até sábado em razão do tamanho da obra.
Após a visita do grupo, a 23ª Vara do Trabalho de Curitiba pode se manifestar sobre a revogação do embargo. Em razão da prorrogação da inspeção, a decisão tende a sair somente na próxima segunda-feira. Nesta quinta, a Justiça negou pedido da CAP S/A, cuja participação acionária compete ao Atlético Paranaense, para a retirada do embargo. O pedido da sociedade foi feito por meio de mandado de segurança à Justiça do Trabalho. Na decisão, foi sustentado a necessidade da realização da inspeção dessa sexta-feira antes de qualquer nova análise.
Também na quinta, o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, manifestou-se sobre o assunto. Ele reclamou da suposta subjetividade com a qual foi conduzida a inspeção no estádio. "Temos seguido a conduta das condições de segurança que a legislação nos obriga. Isso tudo é muito subjetivo e por isso muitas vezes o entendimento nosso é diferenciado do entendimento do fiscal".
Petraglia disse ter ficado surpreendido com a ação do Ministério do Trabalho - o pedido de embargo foi encabeçado pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná. Ele relatou um suposto "clima de terror" criado pelas equipes de fiscalização. "Esse pessoal, não sei por que razão, entrou em nossa obra, e com todo o respeito foi recebido, mas criaram um clima terrível, um clima de terror, um clima de 'vamos paralisar', de 'você está errado', um clima horroroso", afirmou.
O MTE disse em entrevista que todos os pedidos de correção foram atendidos. "Tudo o que foi pedido foi implementado pelo Atlético. Se existe alguma pequena necessidade corretiva, não será na base da paralisação da obra, esse é meu entendimento como engenheiro civil", comentou o chefe da Seção de Inspeção do Trabalho do MTE, Sérgio Barros, de acordo com o que foi relatado no site oficial do Atlético-PR.
Em outubro, a obra de reforma do estádio completou dois anos. Curitiba foi a cidade-sede da Copa do Mundo de 2014 a iniciar os trabalhos de forma mais tardia. A obra foi orçada inicialmente em R$ 184 milhões e está 78,9% concluída.