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Embaixador intermediará contato de parlamentares com Snowden

Russe se comprometeu a intermediar possível encontro do ex-analista com parlamentares brasileiros que averiguam as ações de espionagem

Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional se reúne com o embaixador russo no Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional se reúne com o embaixador russo no Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 22h20.

Brasília - O embaixador da Rússia em Brasília, Serguei Okopov, se comprometeu nesta terça-feira a intermediar um possível encontro do ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, em inglês) Edward Snowden com parlamentares brasileiros que averiguam as ações de espionagem no Brasil, informaram fontes oficiais.

Okopov garantiu à comissão do Congresso com a qual se reuniu hoje que consultará as autoridades de seu país sobre a possibilidade de que os parlamentares possam interrogar Snowden, que está asilado na Rússia.

O diplomata, no entanto, esclareceu que qualquer reunião está condicionada à aprovação tanto do governo da Rússia como do próprio Snowden, e que o encontro não viole as normas que garantem o asilo do americano em Moscou, explicou o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) em declarações a jornalistas.

De acordo com Valente e um dos integrantes da comissão, Okopov deu um prazo de pelo menos uma semana para receber uma resposta do governo da Rússia.

O diplomata russo, segundo a versão do deputado, considera que Snowden estaria interessado em colaborar com o Congresso inclusive porque 'quanto mais o mundo souber de sua situação, mais se sentirá seguro'.

A Câmara dos Deputados aprovou na semana passada a viagem a Moscou de uma comissão integrada por pelo menos seis parlamentares para que interrogue Snowden sobre as atividades de espionagem ao Brasil.

Tanto o Senado como a Câmera criaram comissões para investigar a veracidade das denúncias segundo as quais a NSA espionou as comunicações eletrônicas e telefônicas da presidente Dilma Rousseff e de seus principais assessores, assim como da Petrobras.

As duas denúncias estão apoiadas em documentos que Snowden entregou ao americano Glenn Greenwald, colunista do jornal britânico 'The Guardian' que vive no Rio de Janeiro.

As denúncias levaram Dilma a anunciar hoje sua decisão de adiar a visita de Estado que faria a Washington em 23 de outubro. EFE

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