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Embaixador líbio no Brasil anuncia apoio a rebeldes

O embaixador, que representa a Líbia no Brasil desde 2007, disse que seguirá no cargo, mas afirmou ter colocado seu cargo à disposição do Conselho

Palácio do Itamaraty, em Brasília: Edital para concurso de diplomata pode sair ainda este ano (Wikimedia Commons)

Palácio do Itamaraty, em Brasília: Edital para concurso de diplomata pode sair ainda este ano (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 18h35.

Brasília O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Zubeide, anunciou nesta sexta-feira apoio aos rebeldes líbios, que nesta semana assumiram o controle da capital do país e derrubaram o líder Muammar Gaddafi.

"Depois de várias semanas analisando a situação do meu país, concluí que o povo líbio está ao lado do Conselho Nacional de Transição", disse Zubeide a jornalistas na embaixada do país, em Brasília.

O embaixador, que representa a Líbia no Brasil desde 2007, disse que seguirá no cargo, mas afirmou ter colocado seu cargo à disposição do Conselho.

Na sexta-feira passada, cerca de 30 pessoas pró e contra Gaddafi, incluindo funcionários da embaixada, se enfrentaram na representação diplomática líbia em Brasília.

A confusão começou quando grupos contrários a Gaddafi substituíram a bandeira da Líbia pela que simboliza os rebeldes. Na ocasião, Zubeide pôs-se a favor de Gaddafi.

A bandeira dos rebeldes foi hasteada nesta semana na embaixada, após rebeldes terem assumido o controle da capital, Trípoli, depois de mais de seis meses de confrontos no país, pondo fim aos 41 anos do regime de Gaddafi. O paradeiro do líder deposto, no entanto, é desconhecido.

Segundo Zubeide, as relações entre Brasil e Líbia devem melhorar com o novo governo e os projetos de empresas brasileiras no país serão respeitados. Entre as empresas que operam na Líbia estão a Petrobras e as construtoras Odebrecht e Queiroz Galvão.

O governo brasileiro não reconhece a legitimidade do Conselho de Transição líbio.

O Brasil foi um dos países que se abstiveram, em março, da votação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que autorizou o uso da força para impor uma zona de exclusão aérea na Líbia.

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