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Embaixada da China diz que fará esforço máximo para enviar insumos

O Instituto Butantan afirmou na quarta-feira que praticamente esgotou a quantidade de insumos para fabricar a Coronavac no Brasil

Vacina: o presidente Jair Bolsonaro reuniu ontem ministros, no Palácio do Planalto, e pediu que todos saíssem em defesa do governo na guerra das vacinas (Paul Biris/Getty Images)

Vacina: o presidente Jair Bolsonaro reuniu ontem ministros, no Palácio do Planalto, e pediu que todos saíssem em defesa do governo na guerra das vacinas (Paul Biris/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 15h35.

Última atualização em 21 de janeiro de 2021 às 15h47.

A embaixada da China informou nesta quinta-feira, 21, que fará "máximos esforços" para conseguir avanços no envio de insumos para a fabricação de vacinas ao Brasil "sob a premissa de garantir saúde e segurança". A matéria-prima da China é necessária para a produção das vacinas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan.

"A parte chinesa tem sempre apoiado e continuará apoiando o fortalecimento de cooperação na área de vacinas entre as empresas e instituições dos dois países", afirmou, em nota, a embaixada. "Diante do vírus, a humanidade é uma comunidade de futuro compartilhado. As vacinas são a principal arma de combate à pandemia. A solidariedade e a ajuda mútua são o único caminho a seguir. Para a China, o único objetivo de pesquisar e desenvolver vacinas e promover a cooperação internacional é salvar mais vidas."

O Instituto Butantan afirmou na quarta-feira que praticamente esgotou a quantidade de insumos para fabricar a Coronavac no Brasil. O órgão ligado ao governo paulista já distribuiu o primeiro lote, com 6 milhões de doses, para começar a imunização no país. Além disso, tem condições de entregar só mais 4,8 milhões de unidades. Depois, depende da matéria-prima chinesa para garantir novas remessas.

O presidente Jair Bolsonaro reuniu ontem ministros, no Palácio do Planalto, e pediu que todos saíssem em defesa do governo na guerra das vacinas.

Após desentendimentos com a China, o governo brasileiro agora nega divergências políticas e montou uma força-tarefa para negociar a importação deste insumo. O chanceler Ernesto Araújo, porém, tem sido isolado nas discussões. O próprio presidente Jair Bolsonaro já desacreditou a segurança e eficácia da Coronavac citando a sua "origem". O produto foi desenvolvido pela chinesa Sinovac. "Da China nós não compraremos. É decisão minha. Não acredito que ela transmita segurança suficiente a população pela sua origem, esse é o pensamento nosso", disse Bolsonaro, em 21 de outubro, em entrevista à Jovem Pan.

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