Em um ano, Cantareira caiu quase pela metade
Foram 484 bilhões de litros de água que desapareceram dos reservatórios nos últimos 12 meses
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 10h32.
São Paulo - Mesmo com a melhora no volume de chuvas nas últimas semanas, o Sistema Cantareira fecha o mês de dezembro no vermelho e o ano de 2014 com um déficit histórico.
Foram 484 bilhões de litros de água que desapareceram dos reservatórios nos últimos 12 meses, quase metade (49,3%) da capacidade operacional do sistema, sem incluir o volume morto.
Segundo balanço divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA), um dos órgãos reguladores do manancial, o Cantareira recebeu neste ano 78% menos água do que a média histórica, a pior estiagem em 84 anos de registros.
De acordo com o monitoramento, o manancial recebeu uma média de apenas 8,7 mil litros por segundo, ante uma expectativa de 39,4 mil litros por segundo.
O volume de água que entrou nas represas durante todo o ano foi quase metade (52%) da mínima histórica das vazões afluentes ao sistema, ou seja, considerando cada mês mais seco da série histórica entre 1930 e 2013.
Antes da crise, o Cantareira abastecia 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo e 5,5 milhões de pessoas na região de Campinas. Agora, só na região metropolitana, o atendimento caiu para 6,2 milhões de pessoas com o remanejamento de água de outros sistemas feito pela Sabesp.
A boa notícia é que, embora ainda sejam críticos, os números do Cantareira melhoraram em dezembro. O volume de água que entrou neste mês nos reservatórios foi 110% maior do que o registrado em novembro.
Em todo o ano, dezembro apresenta o quarto melhor desempenho em volume de chuvas nas represas, atrás apenas de janeiro, março e abril.
Aliada às chuvas, a redução de 7% no volume de água retirado pela Sabesp e liberado para a região de Campinas fez com que o déficit do Cantareira caísse 57% em dezembro na comparação ao mês anterior, chegando a 15,5 bilhões de litros, o menor do ano.
Ontem, por exemplo, o nível do Cantareira permaneceu estável, em 7,3% da capacidade, considerando a segunda cota do volume morto.
Na prática, o manancial está 21,6% abaixo do nível mínimo operacional, quando a retirada de água ocorre por gravidade, sem uso de bombas.
Após uma queda registrada anteontem, o volume armazenado no Alto Tietê, que também já considera volume morto, subiu de 12% para 12,2% ontem.
Já o Sistema Guarapiranga também apresentou aumento, de 40,5% para 40,6%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Mesmo com a melhora no volume de chuvas nas últimas semanas, o Sistema Cantareira fecha o mês de dezembro no vermelho e o ano de 2014 com um déficit histórico.
Foram 484 bilhões de litros de água que desapareceram dos reservatórios nos últimos 12 meses, quase metade (49,3%) da capacidade operacional do sistema, sem incluir o volume morto.
Segundo balanço divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA), um dos órgãos reguladores do manancial, o Cantareira recebeu neste ano 78% menos água do que a média histórica, a pior estiagem em 84 anos de registros.
De acordo com o monitoramento, o manancial recebeu uma média de apenas 8,7 mil litros por segundo, ante uma expectativa de 39,4 mil litros por segundo.
O volume de água que entrou nas represas durante todo o ano foi quase metade (52%) da mínima histórica das vazões afluentes ao sistema, ou seja, considerando cada mês mais seco da série histórica entre 1930 e 2013.
Antes da crise, o Cantareira abastecia 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo e 5,5 milhões de pessoas na região de Campinas. Agora, só na região metropolitana, o atendimento caiu para 6,2 milhões de pessoas com o remanejamento de água de outros sistemas feito pela Sabesp.
A boa notícia é que, embora ainda sejam críticos, os números do Cantareira melhoraram em dezembro. O volume de água que entrou neste mês nos reservatórios foi 110% maior do que o registrado em novembro.
Em todo o ano, dezembro apresenta o quarto melhor desempenho em volume de chuvas nas represas, atrás apenas de janeiro, março e abril.
Aliada às chuvas, a redução de 7% no volume de água retirado pela Sabesp e liberado para a região de Campinas fez com que o déficit do Cantareira caísse 57% em dezembro na comparação ao mês anterior, chegando a 15,5 bilhões de litros, o menor do ano.
Ontem, por exemplo, o nível do Cantareira permaneceu estável, em 7,3% da capacidade, considerando a segunda cota do volume morto.
Na prática, o manancial está 21,6% abaixo do nível mínimo operacional, quando a retirada de água ocorre por gravidade, sem uso de bombas.
Após uma queda registrada anteontem, o volume armazenado no Alto Tietê, que também já considera volume morto, subiu de 12% para 12,2% ontem.
Já o Sistema Guarapiranga também apresentou aumento, de 40,5% para 40,6%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.