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Em SP, homicídio sobe 6,5%; latrocínio também tem alta

No Estado, o número de assassinatos caiu 11,9%, saindo de 379 relatos, em setembro do ano passado, para 374 em setembro de 2014


	Arma: quando se fala de veículos, os números de roubos são melhores: houve diminuição no Estado (9,4%) e na capital (10,5%)
 (Getty Images)

Arma: quando se fala de veículos, os números de roubos são melhores: houve diminuição no Estado (9,4%) e na capital (10,5%) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 07h50.

São Paulo - Os homicídios apresentaram comportamento diferente na capital e no Estado. Na estatística somada de todas as cidades paulistas, o número de assassinatos caiu 11,9%, saindo de 379 relatos, em setembro do ano passado, para 374 em setembro de 2014.

A capital, porém, destoou: houve seis casos a mais na comparação dos meses de setembro: em 2013, foram 92 e, em 2014, 98 (aumento de 6,5%).

Casos de roubo seguido de morte (latrocínio) tiveram a segunda alta seguida na capital e no Estado. Em setembro de 2013, 26 pessoas morreram após um roubo.

No mesmo período de 2014 foram 31: alta de 19,2%. Na capital, a estatística saiu de 8 casos, no ano passado, para 13 neste ano - 62,5% de crescimento.

Para o cientista político Guaracy Mingardi, há uma burocratização das polícias no País, o que a afasta do trabalho ostensivo e investigativo nas ruas.

"O número de investigações em casos de roubo é uma porcentagem muito pequena. O trabalho policial nos últimos anos foi sendo burocratizado gradativamente e você preenche mais papel e tem menos gente na rua investigando", disse.

Na visão do ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo coronel da reserva Carlos Alberto Camargo, uma parte do trabalho para reverter a realidade de insegurança cabe à corporação, a partir da análises estatísticas.

"É preciso rapidez e inteligência para acompanhar a migração do crime. O bandido não muda de vida só porque a polícia está trabalhando. Ele muda de hora e local que pratica o crime", disse Camargo.

O ex-comandante reforçou, por outro lado, que também cabe à Polícia Civil e ao Poder Judiciário o trabalho de punição que serve de exemplo para que se desestimule a prática criminosa.

"A certeza da impunidade é igual a estímulo para o crime. Estado que não pune está dizendo que pode roubar", acrescentou o policial da reserva.

Em nota, a Secretaria da Segurança destacou que o Estado é um dos mais eficazes na política pública de segurança. "São Paulo continua sendo um dos Estados mais seguros do País", informou.

Veículos

Quando se fala de veículos, os números de roubos são melhores: houve diminuição no Estado (9,4%) e na capital (10,5%), na comparação entre os meses de setembro. Já o furto aumentou 3,5% no Estado e 7,3% na capital.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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