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Em sabatina, Campos e Marina defendem diálogo com ruralistas

Candidato do PSB prometeu, se eleito, comandar pessoalmente as políticas voltadas para o campo e fortalecer o Ministério da Agricultura


	Eduardo Campos e Marina Silva: candidato do PSB à Presidência prometeu diálogo com ruralistas
 (Antonio Cruz/ABr)

Eduardo Campos e Marina Silva: candidato do PSB à Presidência prometeu diálogo com ruralistas (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 13h34.

Brasília - Com a preocupação de agradar o setor do agronegócio, com a promessa de adoção de medidas para aumentar a produtividade rural e, ao mesmos tempo, afastar a preocupação do setor com a possível influência da indicada a vice, Marina Silva, nas decisões relacionadas ao campo, o candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, abriu hoje (6) a sabatina da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) com os presidenciáveis.

Para uma plateia de produtores rurais, Campos falou diversas vezes em diálogo. Ele prometeu, se eleito, comandar pessoalmente as políticas voltadas para o campo e fortalecer o Ministério da Agricultura. Aplaudido algumas vezes, o presidenciável elogiou o setor dizendo que o agronegócio tem “atenuado” os reflexos das crises econômicas na economia brasileira. “Firmo um compromisso com o agronegócio de fazer uma leitura dos últimos 40 anos do que fez o agronegócio brasileiro, sem preconceitos e sem ranços, com a capacidade de diálogo, que a minha caminhada comprova que tem”, discursou Campos.

Com um pronunciamento repleto de elogios ao setor produtivo rural, o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto prometeu aumentar os recursos investidos no campo aliado a uma política de seguro. Eles disse que nas últimas quatro décadas o agronegócio “firmou aliança estratégica com o conhecimento, quebrou preconceitos, aprendeu”, tornando-se responsável por 23% do PIB, 26% dos empregos e 42% das exportações.

Campos voltou a criticar o atual modelo político do país e a condução macroeconômica do governo petista que, segundo ele, tem levado o Brasil a um cenário de alta da inflação e dos juros e carga tributária elevada. “É exigida uma nova governança do setor público de uma sociedade que olha para o Brasil e se sente pagando um hotel de cinco estrelas e se hospedando em um hotel de meia estrela. Uma sociedade que vê uma carga tributária de 37% e serviços públicos que são demandados sem qualidade e sem efetividade”.

Ao responder as perguntas formuladas pela CNA, Campos disse que daria prioridade a projetos de construção de hidrovias, executados pelo governo, concessões ou por meio de parcerias público privadas (PPP) mas ressaltou que os “processos têm que ser feitos respeitando os estudos ambientais, de impacto econômico.”Questionado sobre questões trabalhistas, como a que prevê punição para os produtores flagrados utilizando trabalho análogo ao de escravidão, Campos disse que hoje existe uma agenda no cenário político brasileiro para “criar a cisão entre o agronegócio e a sustentabilidade.”

Ao falar sobre meio ambiente, Campos citou sua candidata a vice, Marina da Silva, reconhecida por suas críticas ao agronegócio. O candidato disse que a chapa tem a qualidade de saber conviver com a divergência.

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