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Até em teste do Pisa há desigualdade de gênero no país

No Pisa, exame comparativo internacional de educação, a diferença entre garotos e garotas do Brasil chega a 22 pontos, uma das maiores do mundo


	Meninos e meninas: diferença de desempenho entre os sexos no Brasil está entre as maiores do mundo
 (Divulgação/ Secretaria de Educação Amapá)

Meninos e meninas: diferença de desempenho entre os sexos no Brasil está entre as maiores do mundo (Divulgação/ Secretaria de Educação Amapá)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 08h37.

São Paulo - Quando se trata de educação, a diferença entre meninas e meninos brasileiros está entre as maiores do mundo. É o que apontam os resultados da prova de raciocínio e de problemas ligados ao dia a dia do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2012, da OCDE, aplicada a alunos de 15 anos.

A diferença de desempenho entre eles e elas foi de 21 pontos: a pontuação média dos garotos foi de 440 pontos; a das garotas, 418.

Pode parecer pouco, mas do total de 44 nações avaliadas, em apenas outras três os rapazes tiveram uma diferença de desempenho próxima ou maior: Colômbia (31 pontos), Xangai (China, 25 pontos) e Eslováquia (22).

Na média de todos os países, a distância entre eles e elas foi de 7 pontos.

Emirados Árabes, Bulgária, Finlândia e Montenegro são as únicas exceções. Nestes, as meninas tiveram uma performance melhor que as dos meninos em problemas de matématica aplicados de forma prática.

No ranking geral da avaliação, o Brasil fez uma média de 428 pontos, ficando na 38ª posição entre 44 países.

Critérios

No Brasil, entre os critérios avaliados, o único em que as meninas vão melhor que os meninos é o de "planejamento e execução". Nos outros três ("explorar e entender", "representação e formulação" e "monitorar e refletir"), elas ficaram atrás. 

A maior parte das meninas brasileiras está no nível 1 de proficiência em raciocínio lógico, isto é, marcaram entre 358,49 e 423,42 pontos na prova. Já os meninos estão no nível 2, com pontuação entre 423,42 e 488,35 pontos. 

As diferenças são mais vísiveis nos extremos de performance: 20,8% dos meninos e 26% das meninas tiveram um desempenho abaixo do nível 1 (isto é, fizeram menos de 358,49 pontos)

Já no extremo oposto, entre os melhores alunos, chamados "top-performers" (mais de 683,14 pontos), a distância entre os sexos é ainda mais marcante. Enquanto 0,6% dos garotos brasileiros entram no grupo, 0,1% das garotas conseguem o mesmo.

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