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Em favela, Joe Biden diz que EUA também têm desafios

"Não há país no mundo, incluindo os Estados Unidos, que não tenha algumas partes que precisam de assistência adicional", disse o vice-presidente americano

Biden passou 45 minutos na favela Santa Marta, circulou por algumas vielas, visitou a associação de moradores e até comprou biscoitos (REUTERS/Pilar Olivares)
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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2013 às 17h29.

Rio - Em visita à favela Santa Marta, em Botafogo (zona sul), primeira comunidade do Rio a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o vice-presidente americano, Joe Biden, disse que os Estados Unidos também buscam caminhos para melhorar a vida das comunidades carentes. Biden passou 45 minutos na favela, mas não foi até o alto do morro. Conversou com policiais em um destacamento da UPP localizado na entrada da comunidade, circulou por algumas vielas e visitou a associação de moradores. Biden surpreendeu os moradores ao entrar em uma mercearia e comprar um pacote de biscoitos.

"Não há país no mundo, incluindo os Estados Unidos, que não tenha algumas partes que precisam de assistência adicional. Algumas partes do meu país são deterioradas, nas cidades do interior. Estamos trabalhando muito duro para descobrir como lidar com isso", afirmou Biden, depois de ouvir uma explicação detalhada do processo de pacificação, em 2008, e dos programas de saneamento, urbanização e ampliação de serviços à população.

"O Brasil está tentando lidar com isso. Eles transformaram o que era uma área extremamente deteriorada em uma local que atrai milhares de turistas, com o patrocínio do governo", elogiou. O vice-presidente foi recebido pela major Pricila Azevedo, ex-comandante da UPP que, em 2012, recebeu o prêmio Mulher Coragem das mãos da primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.

"Eu disse à major que nenhuma das coisas que encontramos pelo mundo é o que podemos chamar de polícia comunitária. Quando a polícia passa a conhecer os moradores, tudo muda. Antes das mudanças, a polícia era vista como inimiga. Seja aqui, na Índia ou nos Estados Unidos, percebemos que a polícia ser vista como amiga torna as coisas mais difíceis para o crime", afirmou Joe Biden.

A Polícia Federal e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) reforçaram a segurança na favela pacificada, durante a passagem do vice-presidente. Desde o início da manhã os agentes ocuparam vários pontos do morro.

Joe Biden visitou a favela em um dia difícil para os moradores, que ficaram sem os bondinhos do plano inclinado, parado por causa de uma greve dos condutores, que reivindicam pagamento de horas extras. As pessoas que vivem na parte mais alta do morro tinham que subir e descer a pé pelas escadas e ruas. Dois bondinhos estavam de prontidão para o caso de Joe Biden querer conhecer o cume do morro, onde fica a sede da UPP, mas o vice-presidente ficou apenas na parte baixa da comunidade.


Biden posou para fotos e atraiu a atenção dos moradores, embora tenha causado muito menos frisson que as visitas de astros como Michael Jackson e Madonna à mesma favela. "Ele é muito simpático, comprou até um biscoito wafer aí na frente. Fiz uma foto com ele e vou botar no Facebook", contou Cleo Regina Misquita, secretária da associação de moradores.

Ao se despedir, Joe Biden reforço os elogios à política de pacificação do Estado. "Passei aqui apenas 45 minutos. Não sou um especialista, mas o que vi foi encorajador", afirmou Biden. "Não importa em que parte do mundo eu fui, mas o que vi é que, quando o governo mostra respeito e reconhece a dignidade das pessoas, se elas vivem em um bairro, em uma favela ou em uma boa vizinhança, as coisas começam a mudar. É o que vejo aqui", afirmou.

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"Não há país no mundo, incluindo os Estados Unidos, que não tenha algumas partes que precisam de assistência adicional. Algumas partes do meu país são deterioradas, nas cidades do interior. Estamos trabalhando muito duro para descobrir como lidar com isso", afirmou Biden, depois de ouvir uma explicação detalhada do processo de pacificação, em 2008, e dos programas de saneamento, urbanização e ampliação de serviços à população.

"O Brasil está tentando lidar com isso. Eles transformaram o que era uma área extremamente deteriorada em uma local que atrai milhares de turistas, com o patrocínio do governo", elogiou. O vice-presidente foi recebido pela major Pricila Azevedo, ex-comandante da UPP que, em 2012, recebeu o prêmio Mulher Coragem das mãos da primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.

"Eu disse à major que nenhuma das coisas que encontramos pelo mundo é o que podemos chamar de polícia comunitária. Quando a polícia passa a conhecer os moradores, tudo muda. Antes das mudanças, a polícia era vista como inimiga. Seja aqui, na Índia ou nos Estados Unidos, percebemos que a polícia ser vista como amiga torna as coisas mais difíceis para o crime", afirmou Joe Biden.

A Polícia Federal e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) reforçaram a segurança na favela pacificada, durante a passagem do vice-presidente. Desde o início da manhã os agentes ocuparam vários pontos do morro.

Joe Biden visitou a favela em um dia difícil para os moradores, que ficaram sem os bondinhos do plano inclinado, parado por causa de uma greve dos condutores, que reivindicam pagamento de horas extras. As pessoas que vivem na parte mais alta do morro tinham que subir e descer a pé pelas escadas e ruas. Dois bondinhos estavam de prontidão para o caso de Joe Biden querer conhecer o cume do morro, onde fica a sede da UPP, mas o vice-presidente ficou apenas na parte baixa da comunidade.


Biden posou para fotos e atraiu a atenção dos moradores, embora tenha causado muito menos frisson que as visitas de astros como Michael Jackson e Madonna à mesma favela. "Ele é muito simpático, comprou até um biscoito wafer aí na frente. Fiz uma foto com ele e vou botar no Facebook", contou Cleo Regina Misquita, secretária da associação de moradores.

Ao se despedir, Joe Biden reforço os elogios à política de pacificação do Estado. "Passei aqui apenas 45 minutos. Não sou um especialista, mas o que vi foi encorajador", afirmou Biden. "Não importa em que parte do mundo eu fui, mas o que vi é que, quando o governo mostra respeito e reconhece a dignidade das pessoas, se elas vivem em um bairro, em uma favela ou em uma boa vizinhança, as coisas começam a mudar. É o que vejo aqui", afirmou.

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