Calero: ele disse ainda que sua demissão se dá "em caráter irrevogável por razão de ordem pessoal" (Prefeitura do Rio / Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de novembro de 2016 às 21h02.
Brasília - O agora ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, disse ao presidente Michel Temer em sua carta de demissão que deixa o cargo com "tranquilidade" e por razões pessoais.
"Saio do Ministério da Cultura com a tranquilidade de quem fez tudo o que era possível fazer, frente os desafios e limitações com os quais me defrontei. E que o fez de maneira correta e proba", escreveu.
Calero disse ainda que sua demissão se dá "em caráter irrevogável por razão de ordem pessoal". Na noite desta sexta-feira, 18, a pasta disse que o ministro havia deixado o cargo por divergências com integrantes do governo.
"Durante os últimos seis meses, empreguei o melhor dos meus esforços, apoiado por uma equipe de extrema qualidade para pensar a política cultural brasileira", afirmou Calero, que agradeceu a honra de ser ministro do governo Temer.
Após a demissão de Calero, o presidente Michel Temer convidou o deputado Roberto Freire (PPS-SP) para ocupar o cargo e o parlamentar aceitou o convite.
A carta de demissão foi entregue pelo ministro na noite de quinta-feira a Temer no Palácio do Planalto.
Na ocasião, o presidente solicitou ao ministro que reconsiderasse a decisão. Mas no fim da tarde desta sexta-feira Calero ligou para Temer para confirmar a decisão de que deixa o governo.
"Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República Michel Temer,
Agradeço a honra a mim concedida com o convite para ser Ministro de Estado da Cultura do Brasil de seu governo.
Venho solicitar minha demissão em caráter irrevogável por razão de ordem pessoal.
Durante os últimos seis meses, empreguei o melhor dos meus esforços, apoiado por uma equipe de extrema qualidade para pensar a política cultural brasileira.
Saio do Ministério da Cultura com a tranquilidade de quem fez tudo o que era possível fazer, frente os desafios e limitações com os quais me defrontei. E que o fez de maneira correta e proba.
Respeitosamente,
Marcelo Calero Faria Garcia"