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Em carta, Lula diz que PEC do teto inviabilizará gestão das cidades

Lula reiterou ainda sua inocência e disse que foi condenado "para evitar que o povo brasileiro mande eu passar mais quatro anos no Planalto"

Lula: ex-presidente afirmou que o teto dos gastos aprovado em 2016 pelo presidente Michel Temer irá "inviabilizar" a gestão dos municípios (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2018 às 12h14.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 13, em carta lida durante um Congresso de Prefeitos realizado em Santa Catarina, que o teto dos gastos aprovado em 2016 pelo presidente Michel Temer irá "inviabilizar" a gestão não apenas do governo federal, mas também dos municípios.

"Vocês sabem o que irá significar a PEC dos gastos para os municípios. O país não pode apenas ficar no rumo dos cortes de investimentos e políticas sociais", disse Lula em documento lido no evento da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) pelo ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza.

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O Congresso, que começou na segunda-feira (11) e vai até quinta-feira (14), conta com a participação de alguns presidenciáveis, como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), João Amoedo (Novo), Aldo Rebelo (SD) e João Vicente Goulart (PPL).

Aos prefeitos, o líder petista, que está preso na carceragem da Polícia Federal de Curitiba, condenado a doze anos e um mês no caso do tríplex do Guarujá (SP), desafiou a acharem "governo que levou mais recursos para Santa Catarina que o meu" e reafirmou sua candidatura ao Planalto este ano. "Se tiver a honra de ser presidente do Brasil mais uma vez, haverá diálogo e respeito mais uma vez", declarou.

Lula reiterou ainda sua inocência e disse que foi condenado "para evitar que o povo brasileiro mande eu passar mais quatro anos no Palácio do Planalto". Por outro lado, o ex-presidente se disse confiante na vontade da população. "Os dias atuais podem parecer difíceis. Mas, como diz a música de Chico Buarque, amanhã há de ser outro dia, dia em que o povo vai manifestar sua vontade de forma democrática nas urnas. E sei que é essa vontade que vai tirar o Brasil dessa situação".

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