Em Brasília, diretor do Museu Nacional busca apoio do novo governo
Nesta quarta-feira (2), faz quatro meses desde que o incêndio destruiu 90% do acervo do museu no Rio de Janeiro
Agência Brasil
Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 18h10.
O diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Alexander Kellner, está em Brasília para buscar diálogo com o novo governo e pedir a continuidade das ações para a recuperação do local. Ele participou da posse do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, e afirmou que a recepção foi positiva. "O ministro chegou a segurar um botton com os dizeres Museu Vive."
Hoje (2) faz quatro meses desde o incêndio que destruiu 90% do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista. O espaço recebeu ajuda do governo federal e, também, de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para a reconstrução. Segundo o diretor ainda falta muito a ser feito.
Por estar ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolver pesquisas e ter também função cultural, a instituição está sob os cuidados de três ministérios: da Educação (MEC), da Cultura (MinC) e do MCTI. "O primeiro passo que estamos buscando é justamente o contato com o governo", disse. A prioridade é a manutenção do apoio financeiro do MEC para o escoramento do edifício. "O resgate é a principal tarefa agora e para fazer o resgate é preciso estabilizar o prédio".
Kellner ainda não tem audiências agendadas. Junto ao MinC, ele vai pleitear apoio aos projetos e também recursos. A pasta não liberou nenhum recurso financeiro até o momento para a reconstrução do museu. Junto ao MCTI, a busca é por ajuda para a reconstrução do prédio de laboratórios.
"O Museu Nacional é um bem que transcende tudo. Essa situação negativa que aconteceu com o Museu repercutiu muito mal para o país. Acho que é do interesse de todos a reconstrução do Museu o quanto antes. Recebemos mais de 5 mil cartas e manifestações de instituições de dentro e fora do país lamentando a situação", defende o diretor.