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Eleições 2024: quem são os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo?

O primeiro turno das eleições está marcado para 6 de outubro, enquanto o segundo, se houver, será em 27 de outubro

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 25 de março de 2024 às 17h15.

Última atualização em 3 de abril de 2024 às 16h45.

O ano de 2024 será marcado pela eleição de prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios brasileiros. Na cidade de São Paulo, sete nomes anunciaram a pré-candidatura à prefeitura da capital. Os três nomes que mais pontuam nas pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento são o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e a deputada federal Tabata Amaral (PSB).

O período de convenções partidárias, quando as legendas lançam oficialmente os candidatos, termina em 5 de agosto. Os partidos terão até o dia 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral. Até essa data, os nomes escolhidos poderão ser alterados. O primeiro turno das eleições está marcado para 6 de outubro, enquanto o segundo, se houver, será em 27 de outubro.

Veja quem são os pré-candidatos à prefeitura de SP

Veja abaixo quem são os concorrentes (em ordem alfabética):

Altino Prazeres (PSTU)

Altino tem 57 anos, e é metroviário e diretor do Sindicato dos metroviários de São Paulo. Ele é formado em matemática pela Universidade de São Paulo, e já atuou como operário químico e presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias Químicas de Pernambuco. Prazeres mora em São Paulo desde 1995.

Essa é a terceira vez que Altino mostra interesse em disputar um cargo público. Em 2022, foi candidato do partido socialista ao governo do estado. Em 2016, concorreu à prefeitura da capital paulista. Altino participou das manifestações de 2013 contra o aumento das passagens de ônibus e trem. Na época, foi preso. Suas principais bandeiras é melhorar o transporte público e acabar com o déficit habitacional.

Guilherme Boulos (PSOL)

Boulos tem 41 anos, é formado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Ele entrou na militância política aos 15 anos, ao participar da União da Juventude Comunista (UJC). Ingressou no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto em 2002, e logo tornou-se uma liderança do grupo.

Em 2018, entrou para a vida partidária ao ser candidato à presidência da República pelo PSOL. Foi candidato à prefeitura de São Paulo em 2020, derrotado pelo falecido Bruno Covas no segundo turno. Com mais de 1 milhão de votos, foi eleito deputado federal por São Paulo. A sua principal bandeira é a luta pela a moradia digna para a população de baixa renda.

Marina Helena (Novo)

Marina tem 43 anos, é mestre em economia pela Universidade de Brasília e atuou como economista por 14 anos em diversos bancos, como Itaú e Bradesco. Helena é a 1ª deputada federal suplente pelo estado de São Paulo. Ela foi diretora Desestatização do Ministério da Economia do ministro Paulo Guedes. 

Padre Kelmon (PRTB)

Kelmon Luis da Silva Souza tem 47 anos, e nasceu em Acajutiba, uma cidade de 15 mil habitantes na Bahia. Apesar de se apresentar como padre, Kelmon não tem vínculo com o Igreja Católica Apostólica Romana. Ele diz pertencer à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa del Perú. Atualmente é presidente do Foro do Brasil, grupo conservador.

Em 2022, foi candidato à presidência da República pelo PTB depois que a candidatura de Roberto Jefferson, então presidente da sigla, foi indeferida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ricardo Nunes (MDB)

Ricardo Nunes tem 56 anos, é advogado, empresário e filiado ao MDB. Foi vereador em São Paulo por duas vezes (eleito em 2012 e 2016) antes de chegar ao cargo de vice-prefeito de Bruno Covas (PSDB) em 2016. Com a morte do então prefeito, Nunes assumiu o cargo em maio de 2021.  

Como prefeito, Nunes lidou com a pandemia de covid-19, eleições nacionais polarizadas e reformas impopulares. O político do MDB tem ligações fortes com a Igreja Católica — enquanto vereador, trabalhou para regularizar templos religiosos — além de empresários. Na sua atividade na Câmara de Vereadores, foi participante de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), como a dos bancos, que investigava a sonegação de impostos.

Tabata Amaral (PSB)

Tabata tem 30 anos, é formada em ciências políticas pela Universidade Harvard. Entrou na política em 2018, quando foi eleita deputada federal pelo PDT com 264 mil votos. Em 2021, entrou com recurso e mudou para o PSB. Pelo novo partido, foi reeleita em 2022 com 337 mil votos.

Uma das principais bandeiras de sua atuação parlamentar é a educação. Tabata é membro da comissão de Educação, Mulheres, Meio Ambiente e Constituição e Justiça, além de chefiar a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental.

Kim Kataguiri (União Brasil)

Kim tem 28 anos, é youtuber e co-fundador do Movimento Brasil Livre (MBL). Ele chegou a cursar economia na Universidade Federal do ABC, mas interrompeu o curso. Entrou na política em 2018, quando foi eleito deputado federal pelo DEM com 465 mil votos, quarto candidato com maior número de votos. Ele foi também o deputado mais jovem da história do Brasil, com 23 anos anos. Em 2022, foi reeleito.

Kataguiri ficou conhecido por ser um dos organizadores das manifestações a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pelo combate à corrupção. No Congresso, suas principais bandeiras são o fim da corrupção, modernização do estado e diminuição da burocracia para empresas.

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