Pacheco diz ser preciso 'virar a página' de críticas a urnas eletrônicas
Presidente do Senado afirmou que há uma 'linha amarela' que os candidatos ao Planalto não podem atravessar
Agência O Globo
Publicado em 17 de maio de 2022 às 06h19.
Última atualização em 17 de maio de 2022 às 08h31.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a condenar os ataques feitos ao processo eleitoral e afirmou que é necessário “virar a página” das críticas às urnas eletrônicas. Em entrevista ao programa “Roda Viva”, o senador evitou criticar diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), que desde o ano passado capitaneia os questionamentos sem provas a respeito da lisura da eleição, mas pontuou que os candidatos ao Planalto esse ano não podem ameaçar o estado de direito.
— Não podemos é permitir que instituições, a essa altura, depois de tudo demonstrado, de como é que funciona todo o mecanismo da Justiça Eleitoral, ainda insistam em questionar as urnas eletrônicas. Nós devemos superar essa fase, virar essa página — disse Pacheco, que novamente chamou os ataques de “sem fundamento e sem lastro probatório”.
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Pacheco afirmou também que haverá eleição através das urnas eletrônicas e que há uma “linha amarela” que os candidatos à Presidência não podem atravessar:
— Há uma linha amarela pintada no chão que nenhum dos candidatos podem atravessar. Essa linha amarela o Estado de Direito desse discurso político eleitoral. Então, o Estado de Direito está protegido, nós temos esse compromisso. Haverá eleições este ano. Uma eleição periódica, através do voto direto e secreto dos eleitores e através das urnas eletrônicas.
O senador tem feito cada vez mais falas incisivas contra os ataques ao processo eleitoral, que são feitos por Bolsonaro e seus apoiadores. O presidente já chegou afirmar que pedirá às Forças Armadas que façam uma contagem de votos paralela à Justiça Eleitoral —hipótese que foi rechaçada por Pacheco.
O presidente do Senado afirmou que o resultado da eleição será respeitado por todos, inclusive pelos militares, e disse que a corporação não deve ter compromisso político eleitoral com ninguém.
— [O resultado] será respeitado por todos, inclusive pelas Forças Armadas — disse Pacheco, que também afirmou: — As Forças Armadas têm o seu papel fundamental, são instituições muito maduras, compostas por homens e mulheres muito preparados. E eu considero que o compromisso das Forças Armadas é com o Estado de Direito e com a democracia. Elas não devem ter um compromisso político, muito menos um compromisso político eleitoral.