Logo após o ex-governador João Doria anunciar nesta segunda-feira, 23,
que desistiu de disputar o Palácio do Planalto, o presidente nacional do PSDB,
Bruno Araújo, disse que o nome da senadora
Simone Tebet (MDB-MS) "está posto" como representante da chamada terceira via e que considera "natural" que os tucanos indiquem o candidato a vice na coligação formada até aqui por MDB, PSDB e Cidadania.
"O PSDB não existe como fim dele mesmo. O gesto de João Doria é uma entrega à democracia e um compromisso que será eternamente reconhecido pelo partido", disse Araújo em entrevista coletiva.
Ainda segundo o dirigente, o PSDB e o MDB vão agora alinhar as estratégias regionais e o plano de governo da coligação. Um dos estados que entraram na articulação dos dois partidos foi o Rio Grande do Sul, onde o MDB deve apoiar o projeto encabeçado pelo ex-governador Eduardo Leite.
Questionado sobre o futuro político de Doria, o presidente do PSDB afirmou que o ex-governador "vai ser o que ele quiser" e participar "da forma como entender".
Araújo também afirmou que ainda espera contar com o União Brasil na chapa da terceira via. Resultado da fusão do PSL e do DEM, o União Brasil chegou a participar das primeiras articulações em torno de uma aliança, mas acabou se retirando das negociações e lançando a pré-candidatura de Luciano Bivar; a nova sigla ainda tem em suas fileiras o ex-juiz Sergio Moro, que também abandonou a corrida presidencial e caminha para concorrer ao Senado em São Paulo.
"O União Brasil é parceiro do PSDB na Bahia e em São Paulo. Fica um apelo de reflexão para o União Brasil voltar se incorporar nesse projeto. Seria muito bem vindo nessa construção", afirmou Araújo.
Resistência
Apesar da saída de Doria da disputa presidencial, a decisão da cúpula tucana de apoiar Simone Tebet ainda encontra resistências no partido. O grupo do deputado Aécio Neves, por exemplo, defende que outro tucano seja colocado na cabeça de chapa, mas essa possibilidade foi descartada por Bruno Araújo.
"Confesso que fiquei extremamente decepcionado com o recuo. Só poucas pessoas em São Paulo sabem as verdadeiras razões que levaram a retirada da candidatura vitoriosa nas prévias. Eu, Eduardo Leite, Zé Aníbal, Marconi [ Perillo ], Aécio e Pimenta da Veiga iríamos defender candidatura própria amanhã [ na reunião da executiva, marcada para chancelar a posição do PSDB de compor com Tebet ]. Esse caminho vai levar o PSDB à morte", disse o ex-deputado e pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Marcus Pestana ao Estadão.
O tucano mineiro disse ainda que manterá a defesa da candidatura própria amanhã na Executiva. "O PSDB é um partido necessário ao futuro do país. Essa estratégia da atual cúpula é liquidacionista e capitula à candidatura da valorosa senadora Simone que está longe de ter maioria no MDB", afirmou Pestana. "O PSDB ou surgirá das cinzas com candidatura própria ou experimentará uma eleição terminal rumo ao suicídio político."
( Estadão Conteúdo )
Logo após o ex-governador João Doria anunciar nesta segunda-feira, 23,
que desistiu de disputar o Palácio do Planalto, o presidente nacional do PSDB,
Bruno Araújo, disse que o nome da senadora
Simone Tebet (MDB-MS) "está posto" como representante da chamada terceira via e que considera "natural" que os tucanos indiquem o candidato a vice na coligação formada até aqui por MDB, PSDB e Cidadania.
"O PSDB não existe como fim dele mesmo. O gesto de João Doria é uma entrega à democracia e um compromisso que será eternamente reconhecido pelo partido", disse Araújo em entrevista coletiva.
Ainda segundo o dirigente, o PSDB e o MDB vão agora alinhar as estratégias regionais e o plano de governo da coligação. Um dos estados que entraram na articulação dos dois partidos foi o Rio Grande do Sul, onde o MDB deve apoiar o projeto encabeçado pelo ex-governador Eduardo Leite.
Questionado sobre o futuro político de Doria, o presidente do PSDB afirmou que o ex-governador "vai ser o que ele quiser" e participar "da forma como entender".
Araújo também afirmou que ainda espera contar com o União Brasil na chapa da terceira via. Resultado da fusão do PSL e do DEM, o União Brasil chegou a participar das primeiras articulações em torno de uma aliança, mas acabou se retirando das negociações e lançando a pré-candidatura de Luciano Bivar; a nova sigla ainda tem em suas fileiras o ex-juiz Sergio Moro, que também abandonou a corrida presidencial e caminha para concorrer ao Senado em São Paulo.
"O União Brasil é parceiro do PSDB na Bahia e em São Paulo. Fica um apelo de reflexão para o União Brasil voltar se incorporar nesse projeto. Seria muito bem vindo nessa construção", afirmou Araújo.
Resistência
Apesar da saída de Doria da disputa presidencial, a decisão da cúpula tucana de apoiar Simone Tebet ainda encontra resistências no partido. O grupo do deputado Aécio Neves, por exemplo, defende que outro tucano seja colocado na cabeça de chapa, mas essa possibilidade foi descartada por Bruno Araújo.
"Confesso que fiquei extremamente decepcionado com o recuo. Só poucas pessoas em São Paulo sabem as verdadeiras razões que levaram a retirada da candidatura vitoriosa nas prévias. Eu, Eduardo Leite, Zé Aníbal, Marconi [ Perillo ], Aécio e Pimenta da Veiga iríamos defender candidatura própria amanhã [ na reunião da executiva, marcada para chancelar a posição do PSDB de compor com Tebet ]. Esse caminho vai levar o PSDB à morte", disse o ex-deputado e pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Marcus Pestana ao Estadão.
O tucano mineiro disse ainda que manterá a defesa da candidatura própria amanhã na Executiva. "O PSDB é um partido necessário ao futuro do país. Essa estratégia da atual cúpula é liquidacionista e capitula à candidatura da valorosa senadora Simone que está longe de ter maioria no MDB", afirmou Pestana. "O PSDB ou surgirá das cinzas com candidatura própria ou experimentará uma eleição terminal rumo ao suicídio político."
( Estadão Conteúdo )