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Eleição do Sindicato dos Motoristas de SP será retomada

O mandato de presidente do sindicato dos motoristas dura cinco anos. A atual gestão de Jorginho termina oficialmente em 14 de novembro


	Com isso, a votação será realizada na quinta e sexta-feira da semana que vem, dias 25 e 26, como havia sido estipulado após o cancelamento da eleição nas datas originais, na semana passada, por causa do tumulto diante do sindicato
 (AGLIBERTO LIMA/VEJA SÃO PAULO)

Com isso, a votação será realizada na quinta e sexta-feira da semana que vem, dias 25 e 26, como havia sido estipulado após o cancelamento da eleição nas datas originais, na semana passada, por causa do tumulto diante do sindicato (AGLIBERTO LIMA/VEJA SÃO PAULO)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 17h28.

São Paulo - A eleição para a presidência do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo (Sindmotoristas), suspensa pela Justiça do Trabalho na terça-feira, 16, em razão do tiroteio na frente da sede da entidade, na região central, deixar dez feridos na semana passada, poderá ser retomada.

Nesta quinta-feira, 18, a juíza substituta Lávia Lacerda Menendez, da 10ª Vara do Trabalho de São Paulo, negou o pedido da oposição para o afastamento do atual presidente, Isao Hosogi, o Jorginho.

Com isso, a votação será realizada na quinta e sexta-feira da semana que vem, dias 25 e 26, como havia sido estipulado após o cancelamento da eleição nas datas originais, na semana passada, por causa do tumulto diante do sindicato. A chapa de oposição a Jorginho, que está no poder desde 2004 e que tenta a reeleição, tentou tirá-lo do cargo por vias judiciais, questionando até mesmo a nacionalidade de Hosogi, que nasceu no Japão. Para isso, usou como base uma lei aprovada em 1943, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, que proibia estrangeiros de ocupar esse tipo de posto.

Porém, no entendimento da magistrada, essa lei "não é o que vigora hoje" . Com o advento da Constituição de 1988, eleições sindicais podem ser disputadas por pessoas nascidas no exterior. Esse tipo de entidade, diz a lei, "não se sujeita à vedação de eleição e voto de estrangeiro". A chapa de oposição é encabeçada pelo atual diretor de finanças do Sindmotoristas, José Valdevan de Jesus Santos, o Noventa, que já foi aliado de Jorginho.

Nesta sexta-feira, 19, o sindicato deverá se reunir com o Comando da Polícia Militar de São Paulo para discutir medidas de segurança a serem tomadas para a realização das eleições, que ocorrerão nas 32 garagens das empresas de ônibus que operam o serviço na capital paulista. Questões como a rota que as urnas vão fazer até esses locais estarão na pauta. O Ministério Público Estadual (MPE) também deverá acompanhar de perto a realização do pleito.

O mandato de presidente do sindicato dos motoristas dura cinco anos. A atual gestão de Jorginho termina oficialmente em 14 de novembro.

Disputa

A briga pelo comando do Sindmotoristas envolve poder político e a gestão de um orçamento anual de mais de R$ 15 milhões. A oposição diz que o sindicato fraudou a lista de eleitores e que não teve acesso às urnas antes da votação. O sindicato diz que a oposição não quer eleição e que não entregou a lista de mesários no prazo.

A Polícia Civil está investigando o tiroteio no sindicato. Há suspeita de que mais de 30 tiros tenham sido disparados tanto de dentro do sindicato, onde estava Jorginho, quanto de fora, onde estava Noventa.

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