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Eike atrás das grades

O empresário Eike Batista foi preso na manhã desta segunda-feira quando desembarcou de um voo vindo de Nova York. Depois de fazer exames no Instituto Médico Legal, Eike foi levado inicialmente ao presídio Ary Franco, na zona norte do Rio, onde teve o cabelo raspado. Em seguida, ele foi conduzido ao presídio Bandeira Stampa, conhecido […]

EIKE: o empresário chega ao presídio Ary Franco, de onde foi transferido para Bangu  / Ueslei Marcelino/ Reuters

EIKE: o empresário chega ao presídio Ary Franco, de onde foi transferido para Bangu / Ueslei Marcelino/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 17h51.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h02.

O empresário Eike Batista foi preso na manhã desta segunda-feira quando desembarcou de um voo vindo de Nova York. Depois de fazer exames no Instituto Médico Legal, Eike foi levado inicialmente ao presídio Ary Franco, na zona norte do Rio, onde teve o cabelo raspado. Em seguida, ele foi conduzido ao presídio Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, na zona oeste, uma das unidades mais limpas e menos violentas do Rio. Lá, ele deve dividir uma cela com cinco presos.

A defesa de Eike estava apreensiva que ele ficasse em Ary Franco, conhecido pela superlotação e pelas péssimas condições sanitárias. Os advogados do empresário enviaram na sexta-feira uma petição à Justiça Federal manifestando preocupação com sua integridade física caso seja colocado numa cela comum — Eike não tem curso superior e, portanto, não tem direito a cela especial. Sua defesa diz que as penitenciárias viraram “verdadeiras usinas de revolta humana”.

Eike ainda não prestou depoimento porque é alvo de um mandado de prisão preventiva, sem prazo para terminar. Há a expectativa de que o passar dos dias na prisão reforce seu desejo de fechar um acordo de delação premiada.

Enquanto isso, investigadores se debruçam sobre a fortuna do empresário. Seu rendimento bruto declarado passou de 4 bilhões de reais, em 2008, para 1,3 milhão, em 2015, uma queda considerada atípica pela Receita Federal dadas as movimentações bancárias do empresário. Há suspeitas também de contas não declaradas no exterior.

Empresas ainda ligadas ao empresário, as petroleiras OGPar e OGX, a mineradora MMX e a produtora de carvão CCX, mantêm o discurso de que seus negócios não serão afetados pela prisão (veja mais em resumo de mercados). Segundo o site O Antagonista, Eike deve ter as participações que ainda detém reduzidas para bancar uma dívida de 2 bilhões de dólares com o fundo Mubadala. Na MMX, cairia de 54,65% para 36%; na OSX, de construção naval, de 66,25% para 37%. As empresas continuam nas cordas. Mas Eike, o empresário, está morto.

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