Educação: Onyx diz que é um dever em primeiro lugar proteger o Orçamento
Ministro da Casa Civil também disse que país precisa da reforma da Previdência para se reorganizar do ponto de vista fiscal
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de maio de 2019 às 19h09.
Última atualização em 15 de maio de 2019 às 21h46.
Brasília — O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni , afirmou que é um dever do governo contingenciar. "Em um País onde nós estamos, e todos sabem disso, fiscalmente desequilibrados, é um dever em primeiro lugar, de parte do presidente e de sua equipe, proteger o orçamento, porque é com ele que a família Brasil vive", disse.
O ministro foi questionado sobre o que de fato aconteceu na reunião de líderes da Câmara com o presidente Jair Bolsonaro ontem. Deputados que haviam se reunido com o presidente Jair Bolsonaro na tarde de terça-feira, 14, disseram após o encontro que o governo iria rever o bloqueio de recursos no orçamento da Educação.
Líderes de quatro legendas, entre eles do partido do próprio presidente, disseram que Bolsonaro telefonou para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e determinou que novos cortes deixem de ser feitos. A informação foi dada pelos líderes do PSL, Delegado Waldir (GO), do Novo, Marcel Van Hattem (RS), do Podemos, José Nelto (GO), e do Cidadania, Daniel Coelho (PE), mas o governo negou a informação depois. "Ninguém do governo falou, quando falou manteve clareza sobre o que é contingenciamento", respondeu Onyx sobre o ocorrido.
"Alguém, ou porque tinha interesse político ou porque queria mais um pouquinho de luz, entendeu algo que era completamente desconectado daquilo que estava sendo dito, que lhe servia politicamente e que sustenta essa posição. O governo, de maneira uniforme, se manifestou ontem reafirmando que contingenciamento é o governo ser prudente", disse.
"Estamos diante de uma reestruturação importante que é a Nova Previdência, que vai ser votada até meados do mês de junho, dentro do primeiro semestre. Com isso, o governo se reorganiza do ponto de vista fiscal", afirmou o ministro. "Estamos dando condições para que o Brasil possa lentamente se recuperar. Foram 30 anos moendo o dinheiro dos brasileiros", afirmou. "Hoje o governo brasileiro tem fim em si mesmo", disse. "Temos 30 anos do cachimbo usado do lado errado".