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Eduardo se diz a favor de privatizar Eletrobras, mas assina texto contra

Deputado deu a entender que assinou a frente por engano e que "não foi advertido de que se tratava de algo contrário à privatização do setor elétrico"

Eduardo Bolsonaro: "Primeiro de tudo, eu sou a favor da privatização da Eletrobras" (Alan Santos/PR/Flickr)

Eduardo Bolsonaro: "Primeiro de tudo, eu sou a favor da privatização da Eletrobras" (Alan Santos/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 6 de julho de 2019 às 13h02.

São Paulo – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou ser favorável à privatização da elétrica estatal Eletrobras, em vídeo em suas redes sociais na noite de sexta-feira (5), após reportagem da Reuters mostrar que ele e outros nomes de seu partido assinaram recentemente documentos com apoio ao estabelecimento de frentes em defesa da "soberania energética nacional" e contra desestatizações no setor de energia.

O governo do presidente Jair Bolsonaro, pai do parlamentar, tem preparado um projeto para capitalizar a Eletrobras que pode levar à perda do controle da companhia pela União, ao permitir a emissão de novas ações, diluindo a fatia estatal na empresa. Um projeto com o modelo societário e regulatório da operação vinha sendo prometido pelo Ministério de Minas e Energia para junho, mas ainda não foi apresentado publicamente.

"Primeiro de tudo, eu sou a favor da privatização da Eletrobras", afirma o deputado no vídeo, publicado no Twitter, no qual explica que é "super comum" que parlamentares assinem pedidos para a criação de frentes e Propostas de Emenda à Constituição (PECs), que exigem número mínimo de signatários, para depois pedirem também apoio de colegas de Congresso para suas iniciativas.

"Agora, se eu assinei essa frente, certamente eu não fui advertido de que se tratava de uma frente parlamentar contrária à privatização do setor elétrico", afirmou.

Ele disse ainda, sem citar nomes, que outros deputados favoráveis à privatização também assinaram documento de uma frente contra às privatizações, e afirma que "apenas uma meia dúzia ou dez funcionam" entre "centenas" de frentes existentes no Congresso.

As frentes parlamentares criadas recentemente no Congresso Nacional para lutar contra a privatização de empresas de energia elétrica, incluindo a Eletrobras e as estaduais Cemig, CEEE, CEB e Copel, já atraíram centenas de políticos de diversos partidos. Três desses grupos em defesa de empresas públicas de energia estabelecidas neste ano já receberam a adesão de um total de 16 deputados federais do PSL, o que representa cerca de 35% dos 45 assentos ocupados pelo partido na Câmara, segundo documentos de criação dos grupos vistos pela Reuters.

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