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PV quer desenvolvimento sustentável e reforma política

Ex-deputado federal Eduardo Jorge é o candidato do Partido Verde (PV) para as eleições deste ano

Eduardo Jorge é candidato à Presidência da República pelo Partido Verde (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Eduardo Jorge é candidato à Presidência da República pelo Partido Verde (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 12h42.

Brasília - Concorrendo à Presidência da República pela primeira vez, o ex-deputado federal Eduardo Jorge é o candidato do Partido Verde (PV) para as eleições deste ano. A atual vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, também do PV, complementa a chapa como vice.

Médico sanitarista, 64 anos, ele nasceu em Salvador e passou a infância e a juventude em João Pessoa. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, do qual se desfiliou em 2003 quando entrou no PV. Foi deputado estadual de 1983 a 1986, deputado federal nas legislaturas de 1987 e 2003 e secretário municipal da Saúde e do Meio Ambiente de São Paulo.

O programa de governo do PV prevê reforma política com a diminuição do número de parlamentares em nível federal, o fim das verbas de gabinete e de frotas de carros oficiais. Também propõe a extinção do Senado e a redução de 25% em cada bancada dos estados na Câmara. O partido quer a redução do número de ministérios para 14 e a criação dos ministérios da Amazônia e dos Direitos Humanos, Gênero, Nações Indígenas e Reparação das Sequelas da Escravidão.

O PV defende a adoção do modelo parlamentarista de governo, das eleições distritais mistas (combinação de voto para candidatos do distrito e da legenda, com a elaboração de um quociente eleitoral) e do voto facultativo. Segundo o candidato, o partido quer mais participação estadual e municipal na administração pública, por meio do aumento dos repasses aos governos locais.

Quanto ao desenvolvimento sustentável, pauta tradicionalmente defendida pelos verdes, as propostas de governo incluem o fortalecimento das matrizes energéticas limpas, como a solar, a eólica e a biomassa, e a superação da pobreza por meio de políticas de sustentabilidade.

"O partido quer mostrar que o desenvolvimento sustentável é a nova forma de movimentar a economia e tem um porto seguro no PV. [O partido] quer que outros incorporem também esse importante conceito. Não há monopólio, porém, entendemos que os outros partidos são do século 20, preocupam-se com política, economia e um pouco com políticas sociais, mas não com os limites impostos pela natureza", disse ele, quando registrou, no dia 3 de julho, sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o programa de governo, saúde, educação, economia de baixo carbono e políticas de combate ao aquecimento global terão prioridade na alocação de recursos. O partido também enfatiza a necessidade de ampliação dos direitos dos negros, dos índios e das pessoas com deficiência, e da liberdade de orientação sexual. “No caso da liberdade de orientação sexual, o PV apoia o direito ao casamento de pessoas do mesmo sexo, de adoção de crianças por casais do mesmo sexo e quer que haja a criminalização da homofobia como já acontece com o racismo”, informa o documento.

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