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Eduardo Cunha nega mal-estar entre governo e PMDB

O presidente da Câmara negou a existência de mal-estar nas relações entre governo e o PMDB, afirmando que "reagiu" ao PT

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): "o governo não me atacou, quem me atacou foi o PT” (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 22h37.

O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou a existência de mal-estar nas relações entre o governo e o seu partido.

“Eu não vejo, no governo, atos que possam vir contra mim pessoalmente. Não acusei em nenhum momento o governo. Eu reagi ao PT . O governo não me atacou, quem me atacou foi o PT”, disse hoje (15) ao chegar à Câmara.

Cunha fez referência a suas declarações sobre a aliança com o PT, publicadas no domingo (14), no jornal O Estado de S.Paulo, de que petistas estariam trabalhando para retirar o vice-presidente Michel Temer da articulação política do governo.

Segundo ele, o PMDB mantém seu compromisso com a estabilidade e com a governabilidade, mas poderia se afastar da base aliada, caso Temer seja retirado do papel de articulador político com o Congresso.

“O PMDB não rompeu, o que eu disse é que se o processo de tentativa de sabotagem ao Temer for levado a curso, e ele sair da articulação, aí é inevitável o rompimento com o PT”, afirmou.

Ainda de acordo com o presidente da Câmara, os frequentes atritos entre ele e o PT vêm desde o início de 2014, quando ele era líder da bancada do PMDB na Câmara.

“Em 2014, quando eu era líder, o atrito que se teve aqui na época, que gerou o chamado 'blocão', foi o presidente do PT [Rui Falcão] me atacando. Então, já é deles continuar atacando”, disse Cunha para quem não haveria mais condições de repetir a aliança nas eleições de 2018.

No último sábado, o PT aprovou em seu congresso a continuidade da aliança com o PMDB. Para Cunha, contudo, o modelo de aliança entre os dois partidos está esgotado.

“O que antecipei é a falta de vontade que vejo do meu partido continuar a aliança. E isso vai ser discutido, vai ser debatido, vai ser amadurecido”, disse Cunha. “Falei por mim como militante partidário e dirigente do partido”, acrescentou.

A oposição enxergou no episódio uma oportunidade de causar mais desgaste para o governo. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), também entrou no debate sobre a aliança PT-PMDB. Questionado por jornalistas, o tucano disse ver um “afastamento” da presidenta Dilma Rousseff com o principal partido da base aliada.

“O que fica bastante claro é que a presidenta Dilma, que não tinha relação alguma com o Congresso e, particularmente, com os partidos de oposição, agora se afasta também dos partidos da base aliada”, disse.

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O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou a existência de mal-estar nas relações entre o governo e o seu partido.

“Eu não vejo, no governo, atos que possam vir contra mim pessoalmente. Não acusei em nenhum momento o governo. Eu reagi ao PT . O governo não me atacou, quem me atacou foi o PT”, disse hoje (15) ao chegar à Câmara.

Cunha fez referência a suas declarações sobre a aliança com o PT, publicadas no domingo (14), no jornal O Estado de S.Paulo, de que petistas estariam trabalhando para retirar o vice-presidente Michel Temer da articulação política do governo.

Segundo ele, o PMDB mantém seu compromisso com a estabilidade e com a governabilidade, mas poderia se afastar da base aliada, caso Temer seja retirado do papel de articulador político com o Congresso.

“O PMDB não rompeu, o que eu disse é que se o processo de tentativa de sabotagem ao Temer for levado a curso, e ele sair da articulação, aí é inevitável o rompimento com o PT”, afirmou.

Ainda de acordo com o presidente da Câmara, os frequentes atritos entre ele e o PT vêm desde o início de 2014, quando ele era líder da bancada do PMDB na Câmara.

“Em 2014, quando eu era líder, o atrito que se teve aqui na época, que gerou o chamado 'blocão', foi o presidente do PT [Rui Falcão] me atacando. Então, já é deles continuar atacando”, disse Cunha para quem não haveria mais condições de repetir a aliança nas eleições de 2018.

No último sábado, o PT aprovou em seu congresso a continuidade da aliança com o PMDB. Para Cunha, contudo, o modelo de aliança entre os dois partidos está esgotado.

“O que antecipei é a falta de vontade que vejo do meu partido continuar a aliança. E isso vai ser discutido, vai ser debatido, vai ser amadurecido”, disse Cunha. “Falei por mim como militante partidário e dirigente do partido”, acrescentou.

A oposição enxergou no episódio uma oportunidade de causar mais desgaste para o governo. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), também entrou no debate sobre a aliança PT-PMDB. Questionado por jornalistas, o tucano disse ver um “afastamento” da presidenta Dilma Rousseff com o principal partido da base aliada.

“O que fica bastante claro é que a presidenta Dilma, que não tinha relação alguma com o Congresso e, particularmente, com os partidos de oposição, agora se afasta também dos partidos da base aliada”, disse.

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