Eduardo Campos adota tom mais crítico na TV
Presidente do PSB deverá usar programa político desta quinta para apontar as falhar do Governo
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2013 às 14h12.
Brasília - O Brasil avançou, mas deixou de fazer mudanças fundamentais e corre o risco de regredir, caso não faça novos avanços, dirá o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos , nesta quinta-feira durante o programa partidário.
Campos e o PSB, aliados históricos do PT, têm articulado nos últimos meses uma possível candidatura à Presidência em 2014, que quebraria a aliança. Desde o início do ano o governador e os socialistas fazem críticas sistemáticas à gestão da presidente Dilma Rousseff.
Até setembro, segundo membros do partido ouvidos pela Reuters, será possível avaliar o resultado dessas articulações, que, se forem bem-sucedidas, podem inclusive determinar a saída do PSB do governo para que o partido possa adotar um discurso de oposição.
"Avançamos mas deixamos de fazer mudanças fundamentais, temos um Estado antigo que ainda traz as marcas do atraso e do elitismo. Um Estado que pouco tem avançado como provedor de serviços de qualidade e como agente de desenvolvimento", dirá Campos durante o programa que será exibido na noite desta quinta-feira na TV e no rádio e ao qual a Reuters teve acesso.
Logo após esse comentário inicial de Campos, um locutor pontua novas críticas ao atual governo.
"Nós somos o país do pré-sal, mas gastamos 3 bilhões (de dólares) por ano para importar gasolina", diz.
"Somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas falta infraestrutura para estocar e transportar nossa produção", continua o locutor.
"Temos a matriz energética mais limpa do planeta, mas gastamos 400 milhões (de reais) por mês para manter termelétricas poluidoras", diz o locutor.
Em seguida, Campos volta a fazer mais críticas, dessa vez veladas, ao estilo de governar da presidente Dilma.
"Somos um partido que aposta na democracia e no diálogo, porque quem governa tem que saber decidir, mas não pode ser nunca o dono da verdade", dirá o possível candidato socialista.
Já ao final do programa, o governador pernambucano afirma que é preciso enfrentar os debates sem transformar tudo numa questão eleitoral e que não é hora de montar palanques, mas dá a última estocada.
"Para avançar não temos outra escolha, é preciso contrariar os interesses da velha política que estão instalados na máquina pública", afirma.
"Cargo público tem que ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança. E não por um incompetente que é nomeado só porque tem um padrinho político forte", arremata.
Brasília - O Brasil avançou, mas deixou de fazer mudanças fundamentais e corre o risco de regredir, caso não faça novos avanços, dirá o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos , nesta quinta-feira durante o programa partidário.
Campos e o PSB, aliados históricos do PT, têm articulado nos últimos meses uma possível candidatura à Presidência em 2014, que quebraria a aliança. Desde o início do ano o governador e os socialistas fazem críticas sistemáticas à gestão da presidente Dilma Rousseff.
Até setembro, segundo membros do partido ouvidos pela Reuters, será possível avaliar o resultado dessas articulações, que, se forem bem-sucedidas, podem inclusive determinar a saída do PSB do governo para que o partido possa adotar um discurso de oposição.
"Avançamos mas deixamos de fazer mudanças fundamentais, temos um Estado antigo que ainda traz as marcas do atraso e do elitismo. Um Estado que pouco tem avançado como provedor de serviços de qualidade e como agente de desenvolvimento", dirá Campos durante o programa que será exibido na noite desta quinta-feira na TV e no rádio e ao qual a Reuters teve acesso.
Logo após esse comentário inicial de Campos, um locutor pontua novas críticas ao atual governo.
"Nós somos o país do pré-sal, mas gastamos 3 bilhões (de dólares) por ano para importar gasolina", diz.
"Somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas falta infraestrutura para estocar e transportar nossa produção", continua o locutor.
"Temos a matriz energética mais limpa do planeta, mas gastamos 400 milhões (de reais) por mês para manter termelétricas poluidoras", diz o locutor.
Em seguida, Campos volta a fazer mais críticas, dessa vez veladas, ao estilo de governar da presidente Dilma.
"Somos um partido que aposta na democracia e no diálogo, porque quem governa tem que saber decidir, mas não pode ser nunca o dono da verdade", dirá o possível candidato socialista.
Já ao final do programa, o governador pernambucano afirma que é preciso enfrentar os debates sem transformar tudo numa questão eleitoral e que não é hora de montar palanques, mas dá a última estocada.
"Para avançar não temos outra escolha, é preciso contrariar os interesses da velha política que estão instalados na máquina pública", afirma.
"Cargo público tem que ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança. E não por um incompetente que é nomeado só porque tem um padrinho político forte", arremata.