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Eduardo Bolsonaro, com aprovação incerta no Senado, vai à Casa Branca

Um dos temas que devem ser tratados com altos funcionários e talvez com Trump é a reação dos EUA aos incêndios na Amazônia

Eduardo Bolsonaro: filho do presidente vai visitar Trump (Arthur Max/MRE/Flickr)
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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2019 às 06h53.

Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 07h53.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), indicado pelo pai, Jair Bolsonaro , para ser o novo embaixador do Brasil em Washington (EUA) visita nesta sexta-feira a Casa Branca junto com o chanceler Ernesto Araújo. Um possível encontro com o presidente americano, Donald Trump , está na pauta.

Será uma oportunidade de Eduardo mostrar suas até aqui desconhecidas capacidades diplomáticas. Um dos temas que devem ser tratados com funcionários do alto escalão da diplomacia americana é a reação do país aos incêndios na Amazônia.

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O anúncio da visita foi feito ontem por Bolsonaro, durante evento no Palácio do Planalto para lançar o programa “Em frente Brasil”. Durante a cerimônia, Bolsonaro fez um agradecimento ao presidente dos EUA por ter feito a “defesa” do Brasil durante a reunião dos países do G7, no último final de semana. Trump, na ocasião, afirmou ver “grande sucesso” do Brasil na Amazônia, em mais uma mostra de sua capacidade de distorcer os fatos em proveito próprio.

A indicação de Eduardo segue como um criador de tensões políticas em torno do presidente. Sete em cada dez brasileiros reprovam a indicação, considerada “sem precedentes em países civilizados” pelo ex-embaixador nos EUA Rubens Ricúpero. Eduardo, que vem estudando pela internet para a sabatina com senadores, voltou a destacar, ontem, sua boa relação com Trump como um trunfo para o cargo.

Na terça-feira, Eduardo jantou com 14 senadores, entre eles o presidente da casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e seu irmão, Flávio (PSL-RJ). A avaliação em Brasília é que o placar no Senado será apertado contra ou a favor do filho 02. O primeiro passo é a votação secreta de 19 senadores da Comissão de Relação Exteriores; depois, a votação será feita por 81 senadores em plenário. Bolsonaro já afirmou que pode voltar atrás na indicação se não tiver a confiança na aprovação.

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