Economist compara Ciro a Collor e o apresenta como incógnita
O EIU (Economist Intelligence Unit) fez uma análise sobre o crescimento do candidato Ciro Gomes (PPS) nas pesquisas eleitorais. Intitulado "Quem é Ciro Gomes?" o estudo do EIU _ligado à revista The Economist_ apresenta Ciro como "um populista que se firmou em segundo lugar" e com "relativamente desconhecido e com menos predicados" do que Lula. […]
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2012 às 14h36.
O EIU (Economist Intelligence Unit) fez uma análise sobre o crescimento do candidato Ciro Gomes (PPS) nas pesquisas eleitorais. Intitulado "Quem é Ciro Gomes?" o estudo do EIU _ligado à revista The Economist_ apresenta Ciro como "um populista que se firmou em segundo lugar" e com "relativamente desconhecido e com menos predicados" do que Lula.
Segundo a consultoria, alguns analistas vêem Ciro entre o favorito dos mercados José Serra (PSDB) e o "radical" Lula (PT). "Os críticos, no entanto, o consideram (Ciro) enigmático, até mesmo um oportunista que mudou suas posições freqüentemente para tirar vantagem política", afirmou a EIU. "Alguns citam a sua posição em relação à dívida externa, pois no passado ele defendeu a renegociação e agora diz que foi mal-entendido e que apóia uma reestruturação voluntária das obrigações para torná-las mais administráveis através do alongamento do perfil da dívida".
A consultoria aponta ainda que Ciro tem algumas características semelhantes ao ex-presidente Fernando Collor de Mello: "jovem, carismático, vindo do Nordeste".
Ciro é de "esquerda ou direita?", questiona o texto da consultoria. Segundo a EIU, é difícil prever a direção do eventual governo de Ciro, ainda mais se o PFL aderir totalmente a ele. A consultoria observou que ainda é cedo para tirar conclusões sobre a decisão do segundo turno, pois até "a lânguida campanha de José Serra poderá decolar repentinamente". Segundo a EIU, Ciro poderá ser visto com "uma aposta mais segura do que o inexperiente e mais radical Lula, mas os investidores, entretanto, ainda têm as suas dúvidas", concluiu a EIU.