Economist chama ato pró-Aécio de "revolução da cashmere"
O texto publicado no blog sobre as Américas da The Economist diz que "barões dos negócios e financistas não são conhecidos por tomar as ruas"
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2014 às 16h53.
Londres - A revista britânica The Economist acompanhou a mobilização de eleitores de Aécio Neves (PSDB) ontem à noite na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo.
Mesmo após ter anunciado apoio ao candidato tucano nas eleições presidenciais brasileiras, a publicação não perdeu a fleuma e classificou o movimento como a "Revolução da Cashmere" - em referência à lã macia usada em roupas que não costumam ser baratas.
O texto publicado no blog sobre as Américas da The Economist diz que "barões dos negócios e financistas não são conhecidos por tomar as ruas".
"No entanto, em 22 de outubro milhares deles acabaram no centro de São Paulo em apoio a Aécio Neves", diz o texto que explica aos leitores que a Faria Lima é "uma via convenientemente localizada perto de muitos de seus escritórios".
Ao descrever a passeata que atraiu cerca de 10 mil pessoas, pelos cálculos da Polícia Militar, a Economist diz que "foi um espetáculo talvez sem precedentes na história das eleições e não apenas do Brasil".
"Vestidos com camisas com iniciais bordadas e bem passadas empunhavam bandeiras de Aécio. Socialites bem vestidas protegidas com pashminas para se proteger do frio fora de época entoavam frases anti-PT", diz o texto.
"Todos tiravam selfies com iPhones caros (a maioria das manifestações brasileiras são assuntos para Samsungs mais baratos)", diz a Economist.
"A única coisa que faltou nessa 'Revolução da Cashmere' foram as taças de champagne - e o próprio senhor Aécio Neves que estava em campanha em Minas Gerais", conclui.
O texto lembra que a campanha de Dilma Rousseff (PT) explorou muito a ideia de que Aécio Neves é um representante da elite e também cita que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o tucano aos nazistas.
"Os revolucionários de cashmere parecem não se incomodar. Eles estão fartos de intervencionismo de Dilma e muitos avaliam as políticas macroeconômicas como irresponsáveis e responsáveis por levar o Brasil para o baixo crescimento e a alta inflação. A maioria está desesperada para ver Dilma pelas costas", diz o texto.
Londres - A revista britânica The Economist acompanhou a mobilização de eleitores de Aécio Neves (PSDB) ontem à noite na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo.
Mesmo após ter anunciado apoio ao candidato tucano nas eleições presidenciais brasileiras, a publicação não perdeu a fleuma e classificou o movimento como a "Revolução da Cashmere" - em referência à lã macia usada em roupas que não costumam ser baratas.
O texto publicado no blog sobre as Américas da The Economist diz que "barões dos negócios e financistas não são conhecidos por tomar as ruas".
"No entanto, em 22 de outubro milhares deles acabaram no centro de São Paulo em apoio a Aécio Neves", diz o texto que explica aos leitores que a Faria Lima é "uma via convenientemente localizada perto de muitos de seus escritórios".
Ao descrever a passeata que atraiu cerca de 10 mil pessoas, pelos cálculos da Polícia Militar, a Economist diz que "foi um espetáculo talvez sem precedentes na história das eleições e não apenas do Brasil".
"Vestidos com camisas com iniciais bordadas e bem passadas empunhavam bandeiras de Aécio. Socialites bem vestidas protegidas com pashminas para se proteger do frio fora de época entoavam frases anti-PT", diz o texto.
"Todos tiravam selfies com iPhones caros (a maioria das manifestações brasileiras são assuntos para Samsungs mais baratos)", diz a Economist.
"A única coisa que faltou nessa 'Revolução da Cashmere' foram as taças de champagne - e o próprio senhor Aécio Neves que estava em campanha em Minas Gerais", conclui.
O texto lembra que a campanha de Dilma Rousseff (PT) explorou muito a ideia de que Aécio Neves é um representante da elite e também cita que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o tucano aos nazistas.
"Os revolucionários de cashmere parecem não se incomodar. Eles estão fartos de intervencionismo de Dilma e muitos avaliam as políticas macroeconômicas como irresponsáveis e responsáveis por levar o Brasil para o baixo crescimento e a alta inflação. A maioria está desesperada para ver Dilma pelas costas", diz o texto.