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É estranho querer 90% de apoio no Parlamento, diz Campos

O candidato voltou a criticar o que chama de velha política, baseada nas multiplicação de alianças sem coerência e na troca de cargos e favores


	Campos: ele lembrou que, quando foi eleito governador de Pernambuco, tinha minoria na Assembleia
 (Divulgação/PSB)

Campos: ele lembrou que, quando foi eleito governador de Pernambuco, tinha minoria na Assembleia (Divulgação/PSB)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 15h39.

Porto Alegre - O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou que é estranho a presidente Dilma Rousseff ter 30% de aprovação da sociedade, mas querer governar com 90% de apoio do Parlamento.

"Aí não tem governo, o governo fica inviabilizado porque não tem sustentação política", disse em coletiva de imprensa na capital gaúcha, após participar de evento promovido pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Pesquisa Ibope contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo e divulgada no último dia 22 mostrou que 31% dos entrevistados consideram o governo Dilma Rousseff bom ou ótimo, mesmo patamar de junho.

Segundo o levantamento, a avaliação regular da atual administração oscilou de 34% em junho para 36%, e a avaliação ruim ou péssima ficou estável em 33% no mesmo período.

Campos lembrou que, quando foi eleito governador de Pernambuco, tinha minoria na Assembleia.

"Fiz um governo que tinha 90% de aprovação (popular). Sabe qual foi o resultado? 70% de apoio na Assembleia", falou.

O candidato voltou a criticar o que chama de velha política, baseada nas multiplicação de alianças sem coerência e na troca de cargos e favores.

"Esse jeito da velha política de governar está inviabilizando o País", disse. "O Brasil está desanimado, irritado, perdendo prestígio lá fora. As pessoas sem querer investir. Os empregos desaparecendo em muitos setores."

Campos também falou, como em outras ocasiões, que se eleito colocará na oposição o time de "raposas" formado por Fernando Collor (PTB), José Sarney (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB), além do próprio presidente do PMDB, Michel Temer.

"Pela primeira vez essas figuras vão sentar na cadeira da oposição, e o Brasil vai ficar muito melhor", afirmou.

No Rio Grande do Sul, o PSB formou aliança com o PMDB e, na coletiva de imprensa, Campos estava acompanhado do senador Pedro Simon, do ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça e do ex-prefeito de Caxias do Sul e candidato ao governo gaúcho, José Ivo Sartori, todos peemedebistas. Ao ser perguntado, ele negou que governaria sem o PMDB.

"O PMDB de Simon, de Fogaça, de Sartori, de Jarbas Vasconcelos, esse PMDB vai estar conosco. Esse é o PMDB de gente honrada e séria, que luta por democracia e por justiça", disse.

"Nós vamos ter no nosso governo apoio de gente do PSDB, do PT, nós não vamos dividir o Brasil por forças partidárias."

Eduardo Campos cumpre agenda em Porto Alegre nesta quinta-feira, 31, e amanhã segue para as cidades de Pelotas e Rio Grande, no interior do Estado.

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