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É embate, diz Temer sobre críticas do PT a Marina

Vice-presidente minimizou os problemas do PMDB com o PT em algumas alianças e disse que as dificuldades nos últimos meses foram por questões locais

Michel Temer: segundo o vice, é natural que se faça ajustes num eventual segundo mandato (Antonio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 17h46.

São Paulo - O vice-presidente Michel Temer (PMDB), vice na chapa da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta sexta-feira, 12, que a estratégica do PT na propaganda não é um ataque pessoal à candidata Marina. "Não se trata de ataque, é embate", afirmou.

Segundo Temer, como presidente do PDMB, é difícil governar sem o apoio de seu partido. E afirmou que quem não governa com o Congresso Nacional, não consegue governar.

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Ele minimizou os problemas do PMDB com o PT em algumas alianças e disse que as dificuldades nos últimos meses foram por questões locais. "Foi em razão de realidades locais", ressaltou.

De acordo com ele, se a chapa PT-PMDB ganhar a eleição, o seu partido será a "grande base de sustentação do governo."

Questionado se a presidente Dilma teria abandonado o tripé macroeconômico, Temer citou o pessimismo para justificar críticas a política econômica do governo.

Conforme o vice-presidente, é natural que se faça ajustes num eventual segundo mandato.

"Mudanças radicais não estão em cogitação", disse.

Segundo ele, a inflação tem sido usada como calcanhar de Aquiles da presidente, mas disse que a tendência "é de manutenção da inflação é no teto da meta".

"O governo sempre vai trabalhar para ficar no centro da meta e estabelece um teto", afirmou. Ele reconheceu que a inflação "teve um período preocupante", mas afirmou que o País já viveu períodos muito mais graves que o atual.

Mudanças

Temer comentou a posição da presidente Dilma de mudar equipes em um eventual novo governo.

Segundo ele, "mudanças são necessárias, mas não em todos os ministérios", disse, durante a série de Entrevistas Estadão.

Temer defendeu ainda a atuação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que já anunciou que não continuará em um eventual segundo governo. "O que a equipe econômica fez deu certo", disse.

Temer defendeu ainda uma revisão do pacto federativo e disse que a política de desonerações do governo afeta a arrecadação de estados e municípios.

"Essas desonerações feitas, tudo isso, repercutem nos chamados fundo de participação dos estados. É preciso fazer uma revisão do pacto", disse.

Segundo ele, essa revisão é "fundamentalmente" na questão dos recursos. "Competências já foram transferidas muitas", afirmou.

O vice-presidente disse também que é preciso fazer uma "equação proporcional de forças" no governo e disse acreditar que o PMDB "será amplamente mais representado no próximo governo".

"Não significa que hoje o PMDB esteja mal representando", disse, destacando que hoje o partido comanda importantes pastas, como a da Agricultura.

Petrobras

Temer afirmou que a não houve participação do PMDB nas indicações aos cargos na Petrobras e disse que a responsabilidade sobre os "problemas" que existiram na empresa precisa "ser compartilhada".

Ele afirmou ainda que indicações política para cargos nas estatais "diminuíram muito" durante o governo Dilma.

O vice-presidente rebateu ainda as declarações da oposição de que a Petrobras perdeu valor de mercado.

"Eu não tenho esses dados, os dados que eu tenho mostram o crescimento da empresa", disse.

Ao ser questionado sobre a responsabilidade do PMDB no setor elétrico, cujo ministério está nas mãos de Edison Lobão (PMDB) Temer diminui a responsabilidade da sigla sobre os problemas na área.

"A participação na área de energia diminuiu sensivelmente, isso não é uma queixa é mera constatação", afirmou.

A reportagem questionou sobre as responsabilidades de Edison Lobão, mas Temer afirmou que o ministro não tem "controle geral". "Formalmente ele (Lobão) é o responsável, mas na realidade ele não tem o controle geral".

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