Brasil

Drones e cães farejadores buscam por vítimas de desabamento em SP

Após 48 horas do incêndio, a retroescavadeiras serão utilizadas para retirar estruturas maiores, como vigas

Desabamentos: ao todo, 367 bombeiros já participaram da ação (Leonardo Benassatto/Reuters/Reuters)

Desabamentos: ao todo, 367 bombeiros já participaram da ação (Leonardo Benassatto/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2018 às 08h48.

Última atualização em 3 de maio de 2018 às 08h52.

São Paulo - Drone, câmera térmica, sensor, cães farejadores e retroescavadeiras estão entre os recursos utilizados pelos Bombeiros para resgatar possíveis vítimas do desabamento no centro de São Paulo. Ao todo, 367 bombeiros já participaram da ação. Nesta quarta, 2, houve trabalho em duas frentes: remoção de escombros e contenção do fogo.

A câmera térmica permite identificar os pontos em que o incêndio está mais intenso (o que pode ultrapassar os 150°C). "A câmera nos aponta os locais de mais altas temperaturas, para onde os jatos de água são direcionados para que possam resfriar o local", diz o tenente Guilherme Derrite.

O bombeiro afirma que, em um incêndio de grande proporção, é comum que o fogo demore para ser completamente apagado. "Os focos vão mudando. Quando se retira um escombro aparece outro foco", explica.

Além disso, a câmera permite identificar os ambientes de atuação. "Por meio de infravermelho, ela me fornece uma imagem no display reproduzindo exatamente o ambiente. Se tiver algum obstáculo, uma escada, porta, um buraco no chão, consigo enxergar. Coisa que, a olho nu, não seria possível", explica o tenente André Elias.

Os bombeiros também utilizam uma espécie de microcâmera instalada em um cabo e que é conectada a um celular. O equipamento é utilizado para analisar ambientes muito restritos, por meio de buracos e frestas.

Dentre os equipamentos, também há sensores infravermelhos. "Ele faz uma marcação do prédio em relação a um ponto na terra. Se ele tiver alguma movimentação, esse sensor apita. Isso quer dizer que o prédio está em movimentação e pode desabar. E isso não aconteceu em nenhum momento", aponta o capitão Marcos Palumbo.

Segundo Derrrite, uma das dificuldades é que o subsolo do edifício também era habitado, onde havia madeira, papel, tecidos e outros produtos inflamáveis. "É bem difícil para o Corpo de Bombeiros fazer a água chegar até esses locais", diz.

Os Bombeiros delimitaram como área prioritária de atuação a zona na qual um homem, identificado como Ricardo, teria caído. Para os agentes, esse é local é onde há maior probabilidade de haver vítimas.

Após 48 horas do incêndio, a retroescavadeiras serão utilizadas para retirar estruturas maiores, como vigas. Segundo o protocolo, em até uma semana uma pessoa pode sobreviver, desde que haja um espaço de sobrevivência, como debaixo de uma grande viga.

Auxílio

Os cães farejadores Hope (pastor belga) e Sara (labradora) também devem ajudar nas ações, assim que diminuir o calor nos escombros. Com a área mais resfriada, há expectativa dos bombeiros é de que os animais deem informações mais precisas sobre o paradeiro de vítimas sob os escombros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:DesabamentosIncêndiosMortessao-paulo

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais